A 18ª Cúpula do G20, realizada neste fim de semana em Nova Délhi, capital da Índia, marca a adesão permanente da União Africana ao grupo. A medida dá ao bloco de 55 integrantes o mesmo estatuto que a UE (União Europeia). Antes, a União Africana era uma “organização internacional convidada”.
Em seu discurso de abertura da cúpula neste sábado (9.set.2023), o primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, disse que os países do G20 chegaram a um consenso para conceder a adesão que o bloco africano pleiteia há quase uma década como uma forma de reconhecimento da crescente importância global de África. Logo depois, o presidente da União das Comores e presidente da União African, Azali Assoumani, sentou-se à mesa de discussões.
CÚPULA DO G20
A 18ª Cúpula do G20 é realizada em Nova Délhi, capital da Índia, no sábado (9.set) e no domingo (10.set). Com o tema “Uma Terra, Uma Família, Um Futuro”, autoridades dos países integrantes e convidados discutem segurança alimentar e energética, dívida internacional, tecnologia, mudanças climáticas e outros temas. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) participa das reuniões.
O G20 é um grupo formado pelas 19 economias mais industrializadas do mundo e a União Europeia. Os países que integram o grupo são: Argentina, Austrália, Brasil, Canadá, China, França, Alemanha, Índia, Indonésia, Itália, Japão, Coreia do Sul, México, Rússia, Arábia Saudita, África do Sul, Turquia, Reino Unido e Estados Unidos.
Em 28 de agosto, o governo da Índia confirmou que o presidente da Rússia, Vladimir Putin, não participará presencialmente do encontro. O governo russo não informou o motivo da ausência de Putin. Será representado pelo chanceler Sergey Lavrov.
O presidente chinês, Xi Jinping, também não vai ao evento. O governo chinês não detalhou o motivo da ausência do presidente ou disse se ele participará de forma virtual. Na 2ª feira (4.set), o Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que o líder da potência asiática será representado pelo primeiro-ministro Li Qiang.
Já o primeiro-ministro da Espanha, Pedro Sánchez, cancelou sua presença na 5ª feira (7.set) depois que foi diagnosticado com covid-19. Será representado por Nadia Calviño, vice-premiê e ministra da Economia, e por José Manuel Albares, ministro das Relações Exteriores. A Espanha não é integrante do G20, mas é considerada uma convidada permanente do grupo.
Eis outros presentes no evento:
- Emmanuel Macron, presidente da França;
- Justin Trudeau, primeiro-ministro do Canadá;
- Giorgia Meloni, primeira-ministra da Itália;
- Joe Biden, presidente dos Estados Unidos;
- Alberto Fernandez, presidente da Argentina;
- Cyril Ramaphosa, presidente da África do Sul;
- Yoon Suk-yeol, presidente da Coreia do Sul;
- Recep Tayyip Erdogan, presidente da Turquia;
- Rishi Sunak, primeiro-ministro do Reino Unido;
- Fumio Kishida, primeiro-ministro do Japão;
- Anthony Albanese, primeiro-ministro da Austrália;
- Olaf Scholz, chanceler da Alemanha;
- Joko Widodo, presidente da Indonésia;
- Mohammed bin Salman, príncipe da Arábia Saudita;
- Sheikh Hasina, primeira-ministra de Bangladesh;
- Abdel Fattah al-Sisi, presidente do Egito;
- Pravind Kumar Jugnauth, primeiro-ministro das Ilhas Maurício;
- Mark Rutte, primeiro-ministro da Holanda;
- Bola Tinubu, presidente da Nigéria;
- Haitham bin Tarik al-Said, sultão de Omã;
- Lee Hsien Loong, primeiro-ministro de Singapura;
- Mohamed bin Zayed Al Nahyan, presidente dos Emirados Árabes Unidos;
- Azali Assoumani, presidente de Comores e da União Africana;
- Janet Yellen, secretária do Tesouro dos EUA;
- Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia;
- Charles Michel, presidente do Conselho Europeu;
- Kristalina Georgieva, diretora geral do FMI (Fundo Monetário Internacional).
O Brasil assumirá a presidência do G20 em 1º de dezembro de 2023. O mandato vai até 30 de novembro de 2024. Segundo o Itamaraty, os principais temas a partir de então no grupo serão:
- combate às desigualdades de uma forma ampla, na área social, entre os países em relação ao acesso a recursos, nos meios para enfrentar a questão do clima, no combate à fome e à pobreza;
- desenvolvimento sustentável, visto de maneira ampla;
- reforma da governança global a fim de representar melhor o mundo e que seja mais “justa e efetiva”.
A cúpula de 2024 será realizada no Rio de Janeiro em 18 e 19 de novembro de 2024.