Mesmo depois do fim da pandemia, os canais de atendimento digitais ainda representam uma parcela das vendas realizadas por negócios. Cerca de 15% do faturamento dos comércios no 3º trimestre de 2023 se deram por meio de negociações virtuais, segundo um estudo da FGV Ibre (Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas) divulgado pelo Sebrae.
O percentual de vendas por canais on-line é o maior desde o 2º trimestre de 2021, ainda durante o surto de covid-19. Naquela época, a proporção era de 21%.
O valor para o período de julho a setembro também é maior que os registrados antes da pandemia. O ano de 2020, como um todo, tinha 9% das receitas referentes a vendas on-line.
Segundo o Sebrae, alguns segmentos de negócios se destacam nas plataformas de vendas virtuais. São eles: mercado pet, beleza e moda, saúde, turismo, casa e decoração.
Os números demonstram um aumento na demanda dos consumidores por acesso mais democrático a produtos e serviços por meio da internet e também uma chance para que empreendedores ampliem sua abrangência.
Como o Poder Empreendedor mostrou nesta reportagem, as comunidades do WhatsApp servem como uma forma de alcançar mais clientes, especialmente para as empresas que atuam com alimentação. A estratégia ideal é usar o chat para enviar links e fotos dos produtos.
A recomendação do Sebrae para empreendedores que queiram se inserir nas redes é, primeiramente, pesquisar sobre como funciona cada ferramenta para montar estratégias específicas para cada canal. É um preparo que pode exigir tempo, estratégia e até dinheiro.
Outro ponto importante é sempre mensurar os resultados das estratégias para entender os pontos fracos e fortes da mudança. Dessa forma, o empreendedor consegue entender as estratégias, mantendo o que dá certo e o mudando ou abandonando o que dá errado. Ferramentas de análises das próprias ferramentas podem ser úteis para levantar os dados.
Entretanto, é preciso ter atenção em como incluir os clientes nas comunidades. Especialistas já ouvidos pelo Poder Empreendedor dizem que só podem entrar nos canais de transmissão quem autorizar por meio escrito, verbal ou em plataformas digitais. Tudo isso seria de forma a respeitar as diretrizes da LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados).