O pai do DJ Alok, o empresário e também DJ Juarez Petrillo, relembrou os momentos de desespero que viveu durante o festival Universo Paralello, alvo de ataque do grupo extremista Hamas no último fim de semana, no sul de Israel. O relato foi ao ar na edição do programa Fantástico, da TV Globo, deste domingo (15.out.2023).
Petrillo afirmou que alguns participantes do evento de música eletrônica confundiram o barulho de tiros com a chegada do Exército de Israel para “dar o troco” ao bombardeio do grupo palestino.
“Parecia a pista mais incrível da minha vida. De repente estoura uma bomba do lado da festa. Foi um grito de susto de todo mundo. Nessa hora, a coisa mudou. As meninas da festa começaram a entrar em pânico e a chorar, foi geral”, disse.
“De repente, a gente escutou um barulho de metralhadora. Um cara que estava comigo disse ‘esse é o nosso exército [israelense] vindo dar o troco’. Mas não, pelo contrário”, afirmou.
Juarez Petrillo mostrou em seu perfil no Instagram o momento em que a festa foi interrompida pelo ataque do grupo extremista Hamas. Petrillo fez as imagens na manhã de sábado (7.out). Ele era uma das atrações previstas para subir em 1 dos 3 palcos do festival Universo Paralello antes do atentado.
A ONG Zaka, especializada em resgates e primeiros socorros, contabilizou pelo menos 260 corpos no local do evento. Entre os mortos estavam pelo menos 3 brasileiros: Karla Stelzer, 42 anos, Bruna Valeanu, 24, e Ranani Glazer, também de 24. O brasileiro Rafael Zimerman, 27, foi ferido por estilhaços de granada, mas recebeu atendimento médico e foi liberado.
Na última 3ª feira (10.out), Alok respondeu a comentários que atribuíam a Petrillo a responsabilidade pelo festival invadido pelo Hamas. Segundo ele, seu pai é idealizador apenas do festival de música eletrônica Universo Paralello, realizado no Brasil há mais de 20 anos. A marca teve seus direitos comercializados com a produtora israelense Tribe of Nova, que organizou a rave em Israel.
Alok declarou que toda a responsabilidade da organização, produção, execução e escolha do local é feita pelo contratante. Segundo ele, Petrillo já licenciou o festival para a Índia, México, Argentina, Europa e Tailândia. “A pergunta que muitas pessoas fizeram e que eu também fiz e me indaguei, foi: Por que fizeram um evento tão próximo da Faixa de Gaza?”, questionou o DJ no vídeo.