O presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), ministro Roberto Barroso, afirmou que o avanço do autoritarismo no Brasil se deu em razão de “desvãos” da democracia, mas destacou os avanços realizados durante os últimos 35 anos desde proclamação da Carta Magna.
A Corte realiza nesta 5ª feira (5.out.2023) seminário em homenagem aos 35 anos da Constituição Federal e reúne estudiosos e especialistas em Direito Constitucional.
Na abertura do evento, Barroso destacou a “estabilidade institucional” conquistada e falou sobre avanços na área social, econômica e na causa indígena. O presidente afirmou, no entanto, que os últimos anos foram afetados por “um misto de recessão e baixo crescimento”.
“Ainda enfrentamos problemas de desigualdade abissal e pobreza extrema, em algumas partes do Brasil, níveis elevadíssimos de violência urbana. A democracia brasileira ainda é trabalho em progresso e precisamos cuidar dela, porque as vocações autoritárias geralmente surgem dos desvãos da democracia, das promessas não cumpridas de igualdade de operatividades”, afirmou.
Logo depois da abertura do evento na Corte, Barroso seguiu para o Congresso Nacional, onde participa da sessão solene em homenagem à proclamação da Carta Magna. O ministro Alexandre de Moraes também compareceu ao evento.