No quadro Volta ao Mundo, a equipe do Poder360 resume os principais fatos internacionais da última semana (7.out.2023 a 14.out.2023).
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Israel em guerra
A semana foi marcada pelo início da guerra entre Israel e o Hamas. No sábado (7.out), o grupo radical islâmico realizou ataques no território israelense. Integrantes do grupo se infiltraram e lançaram foguetes da Faixa de Gaza. Civis foram assassinados e sequestrados.Em resposta à ofensiva, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, declarou guerra e disse que “o inimigo pagaria um preço como nunca conheceu antes”.
Vários bombardeios foram feitos contra a Faixa de Gaza. Na 2ª feira (9.out), o governo de Israel determinou um cerco completo contra a região, impedindo o acesso à energia, água e combustível.
Na 4ª feira (11.out), Netanyahu anunciou um governo de emergência no país. A medida permite que o premiê tome medidas em meio à guerra sem precisar se preocupar com eventuais bloqueios de parlamentares israelenses.
Na 5ª feira (12.out), o programa alimentar mundial da ONU (Organização das Nações Unidas) afirmou que a quantidade de suprimentos estava acabando rapidamente em Gaza e pediu a criação de passagens seguras para o envio de mantimentos.
Na 6ª feira (13.out), as forças armadas de Israel pediram que moradores da Cidade de Gaza, no norte da região, deixassem suas casas e seguissem para o sul em até 24 horas. No entanto, a ONU afirmou que a movimentação era “impossível sem que houvesse consequências humanitárias devastadoras”.
O prazo para a retirada de civis foi estendido por mais 6 horas e terminou no sábado (14.out). Com o fim do tempo limite, Israel retomou os bombardeios na Faixa de Gaza.
O número de mortos causados pelo conflito continua a crescer. Até a gravação deste vídeo, no sábado (14.out), as perdas chegaram a pelo menos 3.515, sendo 2.215 palestinos e ao menos 1.300 israelenses.
Também houve brasileiros entre as vítimas. Karla Mendes, de 42 anos, Ranani Glaze e Bruna Valeanu, ambos de 24 anos, morreram nos ataques feitos pelo Hamas durante um festival de música eletrônica, realizado em Tel Aviv.
Repatriação de brasileiros
No domingo (8.out), o Ministério da Defesa do Brasil anunciou o início das operações para repatriar brasileiros afetados pela guerra por meio de aviões da FAB (Força Aérea Brasileira).Até sábado (14.out), 701 passageiros e 8 animais de estimação que estavam em Israel retornaram ao país. Também no sábado (14.out) um 5º avião da Força Aérea Brasileira decolou da cidade de Tel Aviv, em Israel, e deve chegar ao Rio de Janeiro no domingo (15.out). A aeronave traz 215 passageiros e 16 animais de estimação.
O governo também trabalha para resgatar brasileiros que estão na Faixa de Gaza por meio da cidade de Rafah. A região é localizada no extremo sul do território palestino e faz fronteira com o Egito.
O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, afirmou na 6ª feira (13.out), que o governo egípcio autorizou a entrada de brasileiros em seu território.
Até sábado (14.out), 28 pessoas chegaram à cidade palestina de Khan Younes, no sul da Faixa de Gaza. Do total, 19 pessoas passaram cerca de 3 dias abrigados em uma escola no norte de Gaza.
Das 28 pessoas, 16 foram deslocadas de Khan Younes para Rafah, a cidade palestina que faz fronteira com o Egito. Outras 12 pessoas continuaram em Khan Younes.
De Rafah, os 16 brasileiros devem seguir para o território egípcio, onde embarcarão no avião presidencial do governo brasileiro e retornarão ao país.
Conselho de Segurança da ONU
Na 6ª feira (13.out), o Conselho de Segurança da ONU se reuniu em Nova York, nos Estados Unidos, para discutir sobre a guerra entre Israel e Hamas. No entanto, o encontro de cerca de duas horas terminou sem um acordo entre os 15 países que integram o órgão das Nações Unidas.A reunião foi presidida pelo chanceler brasileiro Mauro Vieira porque o Brasil está à frente do conselho durante o mês de outubro.
Um dos principais pontos discutidos pelos países foi a criação de um corredor humanitário na Faixa de Gaza para permitir a saída de civis e a entrada de alimentos e água na região. Vieira defendeu a iniciativa e cobrou uma posição concreta do Conselho de Segurança em relação ao conflito. Segundo o chanceler brasileiro, uma nova reunião do órgão deve ser convocada nos próximos dias.