Os voos de Tel Aviv, em Israel, para o aeroporto internacional de Guarulhos (SP) com saída nesta 5ª feira (12.out.2023) custam em média R$ 17.000, de acordo com a ferramenta de monitoramento de passagens aéreas do Google (NASDAQ:GOOGL). Antes da guerra que teve início em 7 de outubro, os preços costumavam variar entre R$ 2.800 e R$ 3.200.
Desde a última escalada do conflito entre Israel e o Hamas, mais de 3.500 voos cancelados entre domingo (8.out) e 4ª feira (11.out), segundo o site FlightAware. A FAB (Força Aérea Brasileira) opera voos para resgate de brasileiros em Israel desde 3ª feira (10.out) e as viagens devem se estender até domingo (15.out).
Na 4ª feira (11.out), o Itamaraty recomendou que todos os brasileiros que possuam passagens aéreas, ou tenham condições de adiquiri-las, embarquem em voos comerciais partindo do aeroporto de Ben-Gurion, em Tel Aviv. Os preços para os próximos dias variam de R$ 19.800 a R$ 5.900.
Leia mais sobre a operação da FAB:
- FAB buscará 900 brasileiros em Israel até sábado, diz comandante;
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- Brasil é 1º país a repatriar cidadãos após ataques, diz ministro;
- Brasileiros repatriados relatam terror em meio a ataques em Israel;
- Veja fotos dos brasileiros repatriados de Israel;
- “Bem-vindos de volta”, diz Lula a brasileiros repatriados;
- 2º avião da FAB também está trazendo animais de estimação;
- Chile e Paraguai pedem ajuda brasileira para repatriar cidadãos;
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- Chega ao Brasil 2º avião trazendo brasileiros de Israel;
- Leia os horários dos próximos voos de repatriação da FAB.
ENTENDA O CONFLITO
Embora seja o maior conflito armado na região nos últimos anos, a disputa territorial entre palestinos e judeus se arrasta por décadas. Os 2 grupos reivindicam o território, que possui importantes marcos históricos e religiosos para ambas as etnias.O Hamas (sigla árabe para “Movimento de Resistência Islâmica”) é a maior organização islâmica em atuação na Palestina, de orientação sunita. Possui um braço político e presta serviços sociais ao povo palestino, que vive majoritariamente em áreas pobres e de infraestrutura precária, mas a organização é mais conhecida pelo seu braço armado, que luta pela soberania da Faixa de Gaza.
O grupo assumiu o poder na região em 2007, depois de ganhar as eleições contra a organização política e militar Fatah, em 2006.
A região é palco para conflitos desde o século passado. Há registros de ofensivas em 2008, 2009, 2012, 2014, 2018, 2019 e 2021 entre Israel e Hamas, além da 1ª Guerra Árabe-Israelense (1948), a Crise de Suez (1956), Guerra dos 6 Dias (1967), 1ª Intifada (1987) e a 2ª Intifada (2000). Entenda mais aqui.
Os atritos na região começaram depois que a ONU (Organização das Nações Unidas) fez a partilha da Palestina em territórios árabes (Gaza e Cisjordânia) e judeus (Israel), na intenção de criar um Estado judeu. No entanto, árabes recusaram a divisão, alegando terem ficado com as terras com menos recursos.
ATAQUE A ISRAEL
O Hamas, grupo radical islâmico de orientação sunita, realizou um ataque surpresa a Israel no sábado (7.out). Israel declarou guerra contra o Hamas e começou uma série de ações de retaliação na Faixa de Gaza, território palestino que faz fronteira com Israel e é governado pelo Hamas.Os ataques do Hamas se concentram, até o momento, ao sul e ao centro de Israel. Caso o Hezbollah faça novas investidas na fronteira com o Líbano, um novo foco de combate pode se estabelecer ao norte de Israel.
O tenente-coronel israelense, Richard Hecht, afirmou que o país “olha para o Norte” e que espera que o Hezbollah “não cometa o erro de se juntar [ao Hamas]”.
Saiba mais sobre a guerra em Israel:
- o grupo extremista Hamas lançou um ataque sem precedentes contra Israel em 7 de outubro e assumiu a autoria dos ataques no dia seguinte;
- cerca de 2.000 foguetes foram disparados da Faixa de Gaza. Extremistas também teriam se infiltrado em cidades israelenses –há relatos de sequestro de soldados e civis;
- Israel respondeu com bombardeios em alvos na Faixa de Gaza;
- o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, declarou (8.out) guerra ao Hamas e falou em destruir o grupo;
- líderes mundiais como Joe Biden e Emmanuel Macron condenaram os ataques –entidades judaicas fizeram o mesmo;
- Irã e o grupo extremista Hezbollah comemoraram a ação do Hamas –saiba como é o interior de túneis usados pelo Hezbollah na fronteira entre o Líbano e Israel;
- o ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, determinou na 2ª feira (9.out) um “cerco completo” à Faixa de Gaza. Segundo a ONU, ação é proibida pelo direito humanitário internacional;
- O presidente ucraniano Volodymyr Zelensky comparou o conflito à guerra na Ucrânia. Afirmou que o Hamas é uma “organização terrorista”, enquanto a Rússia pode ser considerada um “Estado terrorista”;
- Lula chamou os ataques do Hamas de “terrorismo”, mas relativizou episódio;
- Haverá uma operação do governo para repatriar brasileiros em áreas atingidas pelos ataques. Serão 5 voos para buscar 900 pessoas. O 1º avião da FAB (Força Aérea Brasileira) para resgate pousou em Tel Aviv nesta 3ª feira (10.out). A operação deve ser concluída na 5ª feira (12.out);
- Embaixada de Israel no Brasil chamou Hamas de “ramo” do regime iraniano;
- Arthur Lira (PP-AL), presidente da Câmara, e Rodrigo Pacheco (PSD-MG), presidente do Senado, também se pronunciaram e fizeram apelo pela paz;
- Bolsonaro (PL) repudiou os ataques e associou o Hamas a Lula;
- O Itamaraty confirmou a morte de 1 brasileiro, outro 2 seguem desaparecidos;
- ENTENDA – saiba o que é o Hamas e o histórico do conflito com Israel;
- ANÁLISE – Conflito é entre Irã e Israel e potencial de escalada é incerto;
- OPINIÃO – Dias incertos para o mercado de petróleo, escreve Adriano Pires;
- FOTOS E VÍDEOS – veja imagens da guerra na playlist especial do Poder360 no YouTube.
Eis outras publicações a respeito do conflito:
- ONU confirma morte de 11 funcionários em Gaza;
- Gaza não terá energia e água até libertação de reféns, diz Israel;
- ONU aprova ajuda do Egito na retirada de brasileiros de Gaza;
- Ministério da Palestina publica vídeos de hospitais destruídos;
- Cena apocalíptica, relata brasileiro sobre ataque do Hamas.