Por Rodrigo Viga Gaier
RIO DE JANEIRO (Reuters) - O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), admitiu nesta quarta-feira que pode ser candidato à Presidência da República na eleição de 2026, quando não poderá buscar uma segunda reeleição ao governo mineiro.
No Rio de Janeiro, onde participou de evento da Associação Comercial da cidade, Zema afirmou que pretende participar de uma articulação da direita para o pleito presidencial de daqui a dois anos e disse que quer varrer o que chamou de "sujeira" de Brasília.
"Estarei participando ativamente da campanha de 2026 tanto para o governo de Minas, quanto para presidente do Brasil", disse Zema.
"No caso de presidente, estarei junto com o grupo da direita apoiando aquele nome que for mais viável. Pode ser o meu? Pode. Pode ser outro? Pode. O que quero é participar, nem que seja varrendo as ruas de Brasília que está com muita sujeira."
Zema criticou a decisão de suspender a rede social X no Brasil, tomada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e acompanhada por unanimidade pelos outros quatro ministros da Primeira Turma da corte.
A decisão foi tomada após a plataforma se recusar a cumprir decisão de Moraes para que indicasse um representante legal no país.
Na avaliação de Zema, a decisão é uma "luz amarela" e geralmente só ocorre em países autoritários.
"Tenho defendido a democracia, sou totalmente contrário a qualquer meio de comunicação ter sua operação tolhida. Onde isso ocorre no mundo, geralmente, é em países autoritários. Vejo como aquela luz amarela o que aconteceu e espero que seja revisto o quanto antes", disse.
"Opinião divergente faz parte da democracia, só quem quer calar é quem não sabe lidar com a democracia... O Brasil precisa tomar cuidado, porque parece que está caminhando no sentido 'ou concorde comigo ou eu vou tapar a sua boca', o que é muito ruim."