Investing.com – No Pro Recap de hoje, fazemos um resumo dos principais balanços da semana, caso você tenha perdido algum: os grandes destaques foram os números da Tesla, Netflix, IBM e Goldman Sachs.
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Tesla
A Tesla (NASDAQ:TSLA) apresentou seu balanço na quarta-feira à noite, com um lucro de US$ 0,91 por ação, acima do consenso de Wall Street de US$ 0,79, além de uma receita acima das expectativas de US$ 24,93 bilhões. As margens também vieram acima do previsto.
Mesmo assim, as ações da companhia caíram 9,7% no pregão seguinte.
Sem os créditos regulatórios, as margens brutas, ponto de atenção após os cortes recentes de preços nos carros elétricos da marca, caíram 6,8%, para 18,2%, no segundo trimestre em relação ao ano anterior, porém ainda assim ficaram acima da expectativa dos analistas de 16,9%.
Os cortes de preços ajudaram a Tesla a aumentar sua base de clientes e suas entregas de veículos, que subiram 86% para 466.140 unidades no segundo trimestre, um recorde para a empresa.
O Wedbush classificou essa estratégia como “inteligente”, dizendo, após o balanço, que os descontos “deram certo na China, Europa e EUA […]. Em resumo, vemos a Tesla como a Apple (NASDAQ:AAPL) em 2008/2009, quando a empresa de Cupertino estava começando a ganhar dinheiro com seus serviços e ecossistema avançado, mas o mercado não via o potencial na época.”
A Needham & Company manteve sua recomendação de “manutenção”, por conta do valuation, mas disse que está “mais otimista” com a posição da TSLA em relação às empresas tradicionais do setor automotivo.
Já o Goldman Sachs declarou viu um relatório “sólido”, mas que há desafios pela frente, mantendo sua recomendação de neutra para a ação. O BofA também manteve a recomendação neutra, citando riscos nos cortes de preços, maior concorrência e questões macroeconômicas de curto prazo, mas destacou os pontos positivos da redução de custos e “sua capacidade de se adaptar”.
Por fim, o Wells Fargo (NYSE:WFC) considerou que a Tesla apresentou um lucro por ação (LPA) “de baixa qualidade”, ainda que acima das expectativas, graças a “outras fontes de receita”.
Netflix
Quanto à Netflix (NASDAQ:NFLX), a ação caiu 8,4% na quinta-feira, 20, após divulgar resultados mistos para o segundo trimestre: o lucro por ação de US$ 3,29 ficou maior do que o consenso de US$ 2,84, mas a receita de US$ 8,19 bilhões veio menor do que a previsão de US$ 8,27 bilhões.
A empresa conquistou um número líquido de 5,9 milhões de assinantes pagos no segundo trimestre, depois de fechar o cerco contra as “senhas emprestadas” em mais de 100 países, que representam mais de 80% da sua receita total. Os investidores esperavam cerca de 4 milhões de novos assinantes.
A Evercore ISI aumentou o preço-alvo para US$ 550 após “um trimestre brilhante” e tirou a classificação de “abaixo da média” para a ação. A empresa declarou que a queda das ações foi uma correção das expectativas, e não dos fundamentos, e “encorajou os investidores a comprarem as ações da NFLX nessa pequena correção”.
O Bank of America (NYSE:BAC), por sua vez, elevou o preço-alvo da ação em US$ 35, para US$ 525, recomendando compra. Os analistas do banco disseram que os resultados foram “sólidos”, acrescentando:
“Dentro do ecossistema de Mídia, achamos que o conteúdo da NFLX é amplo e profundo o suficiente para resistir à redução das produções.”
IBM
As ações da IBM (NYSE:IBM) subiram mais de 2% após divulgar lucro do segundo trimestre de US$ 2,02 por ação, acima do esperado. Mas as vendas de US$ 15,58 bilhões ficaram abaixo do consenso.
A IBM continua esperando um crescimento da receita em moeda constante de 3% a 5% para o ano inteiro de 2023. Nas taxas de câmbio atuais, a moeda deve ser neutra no crescimento da receita.
O UBS manteve sua recomendação de venda na ação da IBM, com preço-alvo de US$ 110, por acreditar que as projeções fornecidas pela companhia são arriscadas: eles consideram que a receita ficará no limite inferior da projeção “implícita” para todo o ano de 2023.
Já a BofA manteve a recomendação de compra e elevou o preço-alvo do papel em US$ 8, para US$ 160, dizendo: “Acreditamos que a recuperação da IBM (crescimento da receita e melhora do fluxo de caixa livre) vai continuar. A empresa tem um portfólio defensivo, um bom retorno de dividendos e um portfólio de IA subvalorizado.”
Goldman Sachs
Quanto ao Goldman Sachs (NYSE:GS), o banco divulgou, na quarta-feira, que o lucro por ação registrou uma queda de 60%, para US$ 3,08 no segundo trimestre, abaixo do esperado, com uma receita de US$ 10,89 bilhões, acima do consenso.
Mesmo assim, as ações subiram 1% na quarta-feira.
Os resultados foram afetados por custos extraordinários relacionados ao grupo especializado em concessão de crédito para reformas residenciais, chamado “GreenSky”, bem como por perdas em portfólios de empréstimos a consumidores e financiamentos imobiliários. A alta administração da empresa já tinha avisado que este seria um trimestre difícil.
As taxas de banco de investimento também caíram 20% para US$ 1,43 bilhão, enquanto a receita de trading de renda fixa, moedas e commodities caiu mais de 25%.
Assim como alguns bancos concorrentes, as unidades de investimento e trading do Goldman sofreram com uma queda nas atividades, depois de uma série de aumentos nas taxas de juros do Federal Reserve, os quais estão pesando sobre a economia dos EUA.
Yasin Ebrahim, Liz Moyer, Senad Karaahmetovic e Davit Kirakosyan contribuíram para esta matéria.
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