SÃO PAULO (Reuters) - As ações do IRB Brasil (BVMF:IRBR3) caíam forte nesta segunda-feira na bolsa, chegando a tombar mais de 15% na mínima do dia, após a empresa de resseguros divulgar prejuízo líquido em maio, o que levou o BTG Pactual (BVMF:BPAC11) a cortar a recomendação do papel, na sequência de alta recente.
Às 12:05 (de Brasília), IRB Brasil cedia 13,42%, a 42,63 reais, maior queda do Ibovespa, que subia 0,91%. Na mínima da sessão, o papel caiu 15,6%, para 41,54 reais.
O movimento ocorre após o IRB divulgar, na sexta-feira à noite, prejuízo líquido de 10,4 milhões de reais em maio. O resultado veio na sequência de lucro de 6,1 milhões de reais em abril e de 8,6 milhões de reais no acumulado do primeiro trimestre.
"O pior para o líder de resseguros no Brasil quase certamente passou, mas uma alta de aproximadamente 90% no acumulado do ano e o prejuízo líquido de maio -- na noite de sexta-feira -- significa que vemos espaço para uma correção", escreveram analistas do BTG Pactual liderados por Eduardo Rosman, em relatório datado de domingo.
Os analistas do BTG cortaram a recomendação do IRB para "venda", mantendo o preço-alvo de 40 reais.
"Nosso 'downgrade' não significa que não esperamos a continuidade de uma recuperação, mas ela também não será uma linha reta, e achamos que o 'valuation' disparou mais rápido do que os fundamentos justificam", escreveram.
A equipe do BTG destacou que é difícil tirar conclusões de números de apenas um mês, e que o prejuízo de maio foi puxado por resultados fracos de "underwriting".
Já analistas do Citi, que também têm recomendação de venda para a ação do IRB, se mostraram mais negativos com o papel.
"A leitura fraca (em maio) traz de volta as preocupações com a suficiência de capital e reforça nossa preferência em permanecer à margem até que vejamos uma tendência positiva consistente", escreveram Gabriel Gusan e equipe, em relatório nesta segunda-feira. O Citi tem preço-alvo de 25 reais.
(Por André Romani)