DÜSSELDORF/FRANKFURT (Reuters) - O acionista Cevian da Thyssenkrupp pediu uma maior reestruturação do conglomerado alemão no domingo, um dia após a companhia selar uma joint venture com a indiana Tata Steel.
O investidor ativista Cevian é o segundo maior acionista na Thyssenkrupp e, assim como o Elliott, criticou o presidente-executivo do grupo alemão, Heinrich Hiesinger, dizendo haver espaço significativo para melhora na empresa.
"A criação da joint venture em aço e a desconsolidação do negócio siderúrgico da Thyssenkrupp é um passo em direção à redução da estrutura extremamente complexa do conglomerado", afirmou Lars Foerberg, sócio-fundador do Cevian Capital, em comentários enviado à Reuters por email.
"Há agora uma necessidade imediata e oportunidade para abordar o desempenho persistentemente e significativamente insuficiente dos negócios industriais", afirmou.
A joint venture com a Tata Steel --batizada de ThyssenkruppTata Steel-- terá cerca de 48 mil trabalhadores e cerca de 17 bilhões de euros em vendas.
Sediada na Holanda, será a segunda maior siderúrgica do continente depois da ArcelorMittal. A joint venture é parte central do plano de Hiesinger de transformar o grupo alemão em uma empresa de tecnologia.
Foerberg disse que uma melhor estrutura operacional e societária para cada negócio do grupo agora precisa ser avaliada e que eles apenas sobreviveriam e prosperariam se fossem ágeis e eficientes.
"Com as decisões estratégicas corretas e execução mundial, a Thyssenkrupp poderia valer o equivalente a 50 euros por ação, em vez dos 21 euros por ação de hoje", afirmou Foerberg.
Separadamente, o jornal alemão Handelsblatt noticiou, citando fontes do conselho de supervisão, que o Cevian votou contra a joint venture com a Tata Steel.
O Cevian se recusou a comentar sobre a reportagem do Handelsblatt.
(Por Tom Kaeckenhoff e Christoph Steitz)