RIO DE JANEIRO (Reuters) - Acionistas da Eletrobras (SA:ELET3) aprovaram nesta quinta-feira em assembleia geral extraordinária aumento de capital social, por subscrição privada, de até 9,99 bilhões de reais, informou a companhia ao mercado.
A operação ocorrerá mediante a emissão de novas ações ordinárias, pelo preço unitário de 35,72 reais, e de novas ações preferenciais classe "B", pelo preço unitário de 37,50 reais, todas novas ações escriturais e sem valor nominal.
O montante mínimo de 4,05 bilhões de reais será subscrito e integralizado pelo controlador, a União Federal, mediante capitalização de créditos detidos contra a Companhia decorrentes de Adiantamentos para Futuro Aumento de Capital (AFACs).
Caso o montante máximo seja subscrito integralmente, o capital social da Companhia passará dos atuais 31,3 bilhões de reais, para 41,3 bilhões de reais, sendo emitidas 222.543.328 novas ações ordinárias e 54.370.900 novas ações preferenciais classe B, todas nominativas, escriturais e sem valor nominal.
Já no caso de apenas o montante mínimo ser subscrito, o capital social da companhia passará a 35,4 bilhões de reais, sendo emitidas 113.497.097 novas ações ordinárias e 183 novas ações preferenciais classe B.
No início deste mês, o presidente Jair Bolsonaro havia assinado decreto que autorizava o aumento de capital, um passo necessário para a realização da operação.
Em comunicado, a empresa reiterou que o aumento de capital visa a reforçar o caixa, para fazer frente a ações relacionadas ao plano de negócios 2019-2023, como programas de desligamentos de empregados e de mão de obra terceirizada, reperfilamento de passivos financeiros e desalavancagem da Eletrobras.
(Por Marta Nogueira e Rodrigo Viga Gaier)