Por Maki Shiraki e Daniel Leussink
TOYOTA CITY, Japão (Reuters) - O presidente da Toyota, Akio Toyoda, e nove outros membros da diretoria da montadora foram reeleitos em uma assembleia geral anual nesta terça-feira, uma que vez que os acionistas ignoraram as preocupações com a governança e os escândalos de testes de certificação.
Dois dos principais consultores da empresa haviam recomendado que os acionistas não votassem pela reeleição de Toyoda. Mas sua recondução era amplamente esperada, dadas as participações acionárias na montadora pertencentes a outras empresas do grupo Toyota, os resultados comerciais recordes e sua popularidade entre os pequenos investidores japoneses.
Dito isso, qualquer grande queda no apoio dos acionistas a Toyoda -- um número que será divulgado na quarta-feira -- não só será embaraçoso, como também poderá estimular novas ações sobre reformas de governança.
O índice de aprovação de Toyoda caiu de 96% em 2022 para 85% no ano passado. Desde então, a maior montadora do mundo tem sido atormentada por uma série de violações de segurança em empresas do grupo, incluindo a fabricante de carros Daihatsu, bem como em sua empresa controladora.
O consultor Institutional Shareholder Services questionou a forma como a montadora lidou com os problemas.
A Glass Lewis, que havia recomendado que Toyoda não fosse reeleito pelo segundo ano consecutivo, disse que ele é responsável pela falta de independência da diretoria e também citou preocupações sobre suas participações acionárias estratégicas e o retorno sobre o patrimônio líquido.
Espera-se que a maior parte da oposição a Toyoda tenha vindo de investidores estrangeiros, que representam 25% dos acionistas da Toyota.
Mas Toyoda, que é neto do fundador da empresa, continua muito popular entre pequenos investidores, que representam 12,6% dos acionistas da montadora. Os lucros recordes do último ano comercial e o forte desempenho das ações também trabalharam a seu favor.