(Reuters) - As ações da B3 (BVMF:B3SA3) figuravam entre os destaques positivos do Ibovespa nesta quarta-feira, tendo como pano de fundo dados operacionais do mês passado divulgados pela bolsa na véspera, mostrando expansão no volume financeiro médio diário no segmento de ações, entre outros números.
O volume médio diário total negociado em junho no mercado à vista no segmento ações alcançou 29,5 bilhões, alta de 6,3% frente ao mesmo mês do ano passado e acréscimo de 12,6% ante maio, enquanto o giro do mercado somou 166,5%, de 159,4% no mês anterior e 161,6% um ano antes.
O número de CPFs individuais situou-se em cerca de 5,3 milhões, um acréscimo de 0,4% na base mensal e de 20,6% na comparação anual.
O mês foi marcado por entrada líquida de capital externo de 10,1 bilhões de reais, em dado que não inclui ofertas de ações, conforme dados divulgados pela B3 anteriormente. O Ibovespa subiu 9% em junho.
No caso dos derivativos, houve aumento de 60,8% em relação a junho do ano passado nos volumes de contratos negociados, para 7,19 milhões. Contra maio deste ano, a expansão foi de 14,2%.
"Vemos os dados como marginalmente positivos para as ações da B3, indicando tendências sólidas nas principais receitas, beneficiadas pela recuperação do mercado observada no mês", afirmaram analistas do Bradesco BBI liderados por Otavio Tanganelli em relatório a clientes.
"Daqui para a frente, acreditamos que a atenção dos investidores deve estar voltada para a sustentabilidade desses patamares, à medida que as quedas nas taxas de juros se materializem e a volatilidade seja reduzida", acrescentaram.
Nesta quarta-feira, por volta de 15:15, os papéis da B3 subiam 2,66%, a 14,3 reais, tendo chegado a 14,57 reais no melhor momento, enquanto o Ibovespa avançava 0,72%.
De acordo com os analistas do BTG Pactual (BVMF:BPAC11) liderados por Eduardo Rosman, os números ajudam a calibrar as expectativas para o resultado do segundo trimestre. Eles estimam que a B3 alcançou uma receita líquida de 2,2 bilhões de reais, mas não descartam resultado melhor.
"Acreditamos que a ação da B3 merece mais do que seu desempenho acumulado no ano", afirmaram eles, citando melhora no mercado de capitais brasileiro -- diante das expectativas de início da flexibilização monetária --, volumes acima do esperado e maior controles de custos.
No ano, as ações da B3 contabilizam alta de cerca de 10,8%.
(Por Paula Arend Laier)