Investing.com - Com alta de 43,5% no lucro líquido do primeiro trimestre, indo a R$ 506,5 milhões, as ações da JBS (SA:JBSS3) registram valorização de 1,65% a R$ 9,19. O resultado teve base no desempenho operacional de unidades da empresa no exterior, o controle das despesas e um efeito contábil na linha de impostos ofuscaram um resultado mais fraco no Brasil.
O resultado operacional da companhia medido pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado teve alta anual de 30,3%, para R$ 2,788 bilhões. A margem Ebitda subiu de 5,7 para 7%. O Ebitda subiu em todas as unidades da companhia, exceto na JBS Brasil.
Além disso, a companhia fechou um acordo de normalização de dívida com bancos no Brasil. O acordo envolve credores que detêm 78% das dívidas atuais da JBS. O acerto prevê que os bancos manterão linhas de crédito de cerca R$ 12,2 bilhões por um período de 36 meses a partir de julho próximo.
Os números, na avaliação da XP Investimentos, foram positivos, destacando também a questão da renegociação da dívida. Os analistas da corretora destacam que a JBS reportou bons resultados no trimestre com EBITDA de R$2,8 bilhões, 3% acima do consenso e 30% maior ano contra ano.
A corretora destaca ainda que a JBS USA Carne Bovina, que representa 13% da receita total, foi o principal destaque positivo, com margem EBITDA de 6,1% contra 3,7% no primeiro trimestre de 2017. JBS Brasil foi o destaque negativo, com EBITDA negativo, explicado por excesso de oferta no mercado e preços fracos. Os analistas chamam atenção para a marca Seara, que continuou reportando sólidos resultados, apesar do mercado sobre ofertado, devido a de custos mais baixos.
O lucro líquido de R$507 milhões se compara a expectativa de R$326 milhões, o fluxo de caixa foi positivo e houve redução da dívida líquida/EBITDA de 3,4x para 3,2x.
Além disso, a JBS anunciou acordo com bancos para rolar 78% da dívida da JBS Brasil por 36 meses.