Acordo de US$36 bi da Mars para compra da Kellanova obtém aprovação dos EUA

Publicado 26.06.2025, 09:18
Atualizado 26.06.2025, 09:20
© Reuters.

Por Foo Yun Chee e Benoit Van Overstraeten

BRUXELAS (Reuters) - A aquisição da Kellanova pela Mars foi aprovada pelo órgão de defesa da concorrência dos Estados Unidos na quarta-feira, mas seus pares da União Europeia abriram uma investigação completa sobre o negócio avaliado em US$36 bilhões, citando que a transação tem potencial para elevar preços aos consumidores.

As autoridades antitruste do presidente norte-americano, Donald Trump, incluindo o presidente da Comissão Federal de Comércio (FTC), Andrew Ferguson, afirmaram que não hesitarão em bloquear acordos que prejudiquem a concorrência de forma a prejudicar os consumidores, mas também prometeram não impedir negócios que não apresentem tais preocupações.

"Nosso trabalho é determinar se há uma violação da lei norte-americana que possamos provar no tribunal. E uma vez que concluímos que não há, nosso trabalho é sair do caminho", disse o diretor do Bureau de Competição, Daniel Guarnera, em uma declaração da FTC anunciando o encerramento antecipado da análise do órgão sobre o acordo. O negócio não atendeu aos padrões de uma fusão anticompetitiva, disse a FTC.

A Mars disse que estava satisfeita com a decisão dos EUA e que o acordo recebeu todas as autorizações regulatórias, exceto da UE. A companhia disse que espera que o negócio seja concluído no final de 2025. A Kellanova não se manifestou.

A investigação da UE pode forçar a Mars a vender ativos para lidar com as preocupações da concorrência europeia ou arriscar que o negócio seja bloqueado. A UE alertou que os preços dos  produtos do grupo combinado podem subir, pois o acordo aumentará o poder de negociação da Mars com os varejistas.

A Mars anunciou o acordo em agosto passado, um dos maiores do setor, que pretende unir marcas como M&Ms, Snickers,Whiskas, Pringles, Pop-Tarts e cereais da Kellogg sob um mesmo teto.

Combinadas, a Mars e a Kellanova serão responsáveis por cerca de 12% do setor de lanches e doces dos EUA, de acordo com dados de participação de mercado da NielsenIQ. Isso ainda deixaria o mercado com concorrentes como PepsiCo (NASDAQ:PEP), Kraft Heinz (NASDAQ:KHC), Mondelez, Hershey e General Mills (NYSE:GIS).

A Comissão Europeia estabeleceu o prazo de 31 de outubro para tomar uma decisão sobre o negócio.

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