Luigi Mangione foi acusado de novos crimes federais relacionados ao assassinato de Brian Thompson, executivo da UnitedHealth Group. As acusações, apresentadas nesta 5ª feira (19.dez.2024), complementam as acusações estaduais de assassinato e terrorismo já anunciadas pelos promotores de Nova York.
Suposto assassino de Thompson, Mangione enfrenta acusações federais de assassinato com uso de arma de fogo, duas acusações de perseguição e uma acusação de uso de um silenciador de arma ilegal.
A queixa criminal afirma que Mangione planejou o ataque por meses, motivado por seu desprezo pela indústria de seguros de saúde e executivos corporativos ricos. Em sua posse, a polícia encontrou um caderno com anotações expressando hostilidade em relação à indústria.
O acusado foi transferido para a custódia da polícia de Nova York após renunciar ao seu direito a um processo de extradição durante uma audiência judicial na Pensilvânia. Um grande júri em Nova York indiciou Mangione em 11 acusações de violação da lei estadual, incluindo assassinato em 1º grau e assassinato como ato de terrorismo.
Desde sua prisão, ele permanece sob custódia e ainda não apresentou uma declaração de culpa. Karen Friedman Agnifilo, advogada de defesa de Mangione em Nova York, afirmou que seu cliente foi “acusado excessivamente” e que lutará contra as acusações em tribunal.
ENTENDA
Brian Thompson foi morto a tiros em 4 de dezembro perto de um hotel no centro de Manhattan, nos Estados Unidos. Mangione foi acusado de ser o atirador depois de ter sido reconhecido em Altoona, na Pensilvânia, a cerca de 450 km do local do crime.
Pessoas próximas a Mangione afirmam que ele sofria de dores crônicas nas costas que atrapalhavam a sua vida cotidiana. A UnitedHealth Group, porém, negou que ele fosse seu cliente. A empresa afirmou que não encontrou registros de Mangione ou de seus pais em seu banco de dados. Segundo um ex-colega do suspeito, ele se ausentou do trabalho por 2 meses, de junho a julho de 2023, para tratar o problema.
Nas redes sociais, o suspeito publicou uma imagem de um raio-x com parafusos e placas em suas costas. Quando foi preso, a Polícia de Altoona encontrou um manifesto e concluíram que Mangione acreditava que a morte de Thompson era justiçável devido à “corrupção” da indústria de saúde dos Estados Unidos, segundo o New York Times.