AMSTERDÃ (Reuters) - A agência de regulação digital da Holanda investiga um relatório francês segundo o qual o iPhone 12, da Apple (NASDAQ:AAPL) , estaria violando os limites da União Europeia para a exposição à radiação e pedirá explicação à empresa norte-americana, segundo autoridade citada pelo jornal Algemeen Dagblad.
A Agência Nacional de Frequências da França (ANFR) pediu nesta terça-feira que a Apple interrompa as vendas do iPhone12 no país após testes terem supostamente mostrado que a Taxa de Absorção Específica (SAR, em inglês) do telefone -- um medidor da taxa de energia de radiofrequência de um equipamento absorvida pelo corpo -- foi superior ao limite legal.
"Uma norma foi excedida. Felizmente, não há risco agudo de segurança, mas muito em breve teremos uma conversa com a companhia", disse Angeline van Dijk, da Inspetoria Estatal holandesa de Infraestrutura Digital ao jornal holandês.
"Os Países Baixos atribuem tanta importância como a França à utilização segura dos telefones celulares. Os telefones celulares devem cumprir as normas europeias."
A agência reguladora de redes da Alemanha, a BNetzA, disse que poderia iniciar procedimentos semelhantes e que estava em contato próximo com as autoridades francesas, enquanto o grupo de consumidores OCU, da Espanha instou autoridades locais a suspender as vendas do iPhone 12.
A Apple disse em comunicado que o iPhone 12, lançado em 2020, foi certificado por vários órgãos internacionais como compatível com os padrões globais de radiação, que forneceu vários resultados de laboratórios da Apple e de terceiros comprovando a conformidade do telefone com as exigências da agência francesa. Afirmou ainda que estava contestando as conclusões do órgão regulador.
(Reportagem de Toby Sterling e Benoit Van Overstraeten)