Por Tim Hepher
PARIS (Reuters) - A Airbus (EPA:AIR) está adiando o lançamento de seu jato A321XLR para 2024, enquanto os reguladores endurecem as regras para evitar riscos de incêndio, disseram fontes do setor.
A atualização mais recente do A321 deveria entrar em serviço no fim de 2023. O atraso decorre de discussões com reguladores sobre a certificação de um novo tanque de combustível necessário para aumentar seu alcance, numa batalha com a Boeing (NYSE:BA).
A Agência de Segurança da Aviação da União Europeia (Easa) analisa mudanças significativas nas regras que levariam a Airbus a redesenhar áreas da fuselagem inferior, disseram duas fontes.
Essas estruturas externas teriam que ser alongadas e feitas com metal mais pesado para ajudar a conter o fogo no caso de um pouso de barriga. Esse trabalho pode adicionar de 6 a 9 meses ao cronograma, dependendo da regra final, disse uma das fontes.
Uma segunda fonte disse que este e outros trabalhos podem somar um ano, embora a Airbus - que divulga os resultados nesta quarta-feira - não deva adotar o pior cenário imediatamente.
A Airbus e a Easa confirmaram negociações sobre como certificar o novo jato de fuselagem estreita de longo alcance.
Um porta-voz da Airbus disse: "Como as discussões com as autoridades de aeronavegabilidade ainda estão em andamento, não estamos em posição de comentar".
Para atender à demanda por rotas mais longas, a Airbus já havia adicionado tanques de combustível extras opcionais dentro do compartimento de carga de alguns A321.
Em uma rara intervenção, a Boeing em 2021 expressou preocupação com os riscos de incêndio do projeto da rival.