Cali (Colômbia), 23 mai (EFE).- A Aliança do Pacífico, composta até esta quinta-feira pela Colômbia, Chile, México e Peru, decidiu em sua sétima cúpula presidencial, realizada na cidade colombiana de Cali, acolher à Costa Rica como membro pleno e liberalizar 90% de seu comércio interno.
Essas decisões foram anunciadas hoje durante a Cúpula presidencial de presidentes da Aliança, que contou pela primeira vez com a presença de líderes dos países observadores, Costa Rica, Guatemala, Espanha e Canadá.
Em entrevista coletiva após a cúpula, o líder da Colômbia e novo presidente pro tempore da Aliança do Pacífico, Juan Manuel Santos, explicou que "a liberação de 90% do comércio interno terão tarifa zero" a partir do dia 30 de junho.
O presidente chileno, Sebastián Piñera, esclareceu que essa data estabelece o prazo para "afinar os detalhes e definir este acordo", ao reiterar que o plano é "avançar gradualmente em direção aos 100%.
Enquanto esta decisão na Colômbia será iniciada através de um decreto presidencial, no Chile e no México a medida deverá ser submetida a um debate em seus respectivos Parlamentos, como explicaram seus presidentes.
Os países beneficiados por esta decisão agora serão cinco, já que, conforme Santos já havia indicado, a Aliança do Pacífico passou a aceitar a Costa Rica como novo membro, depois da assinatura do Tratado de Livre-Comércio (TLC) entre este país centro-americano e a Colômbia, um ato que aconteceu ontem em Cali.
Costa Rica passará a fazer parte oficialmente deste bloco, definido hoje por Santos como "o novo motor econômico e de desenvolvimento da América Latina e o Caribe", quando os Congressos da Colômbia e Costa Rica aprovarem o TLC e este último também ratificar sua adesão à Aliança do Pacífico.
O grupo de observadores, que até agora integravam Costa Rica, Panamá, Guatemala, Uruguai, Espanha, Japão, Austrália, Nova Zelândia e Canadá, também cresceu, já que passa a contar com Equador, El Salvador, França, Honduras, Paraguai, Portugal e República Dominicana.
O presidente da Guatemala, Otto Pérez Molina, quem junto com os presidentes da Costa Rica, Laura Chinchilla, e da Espanha, Mariano Rajoy, participou de um encontro com os empresários, defendeu seu interesse em fazer parte da Aliança do Pacífico, da mesma forma que Costa Rica.
Entre outras decisões desta cúpula se destaca a exoneração da visto de trabalho para chilenos, colombianos e mexicanos que ingressem no Peru, a criação de outro visto único da Aliança do Pacífico e a redução de todas as barreiras sanitárias e fitossanitárias para exportação.
A fim de consolidar os laços entre os Governos e o setor privado na Aliança do Pacífico, dado que os empresários foram identificados como os agentes do desenvolvimento da região, Cali será de novo a sede de uma "grande roda de negócios", que será realizada no próximo dia 19 de junho. EFE
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