Investing.com - Um artigo recente da Bloomberg revelou que a Amazon (NASDAQ:AMZN) está em negociações com grandes operadoras de telefonia móvel, como Verizon Communications (NYSE:VZ), T-Mobile (NASDAQ:TMUS) e DISH Network (NASDAQ:DISH), para uma possível parceria visando oferecer planos sem fio de baixo custo aos assinantes do Amazon Prime. A notícia surgiu uma semana depois de outra matéria na imprensa, indicando que a Amazon e a DISH estavam discutindo a venda de planos sem fio da operadora através da plataforma da varejista, estabelecendo assim uma parceria de distribuição para ajudar a DISH a impulsionar as vendas de seu negócio de telefonia móvel em dificuldades.
De acordo com o Wells Fargo (NYSE:WFC), se a Amazon entrar no mercado de telefonia móvel vendendo seus próprios planos com sua marca, o impacto financeiro positivo pode ser relevante, graças à força da sua marca e à sua vasta rede de distribuição (+200 milhões de assinantes do Amazon Prime em todo o mundo, e aproximadamente 150 milhões nos EUA).
A T-Mobile e a Verizon Communications já afirmaram nesta manhã que não estão em negociações para incluir a Amazon como parceira. O Wells Fargo acredita que a DISH seja a parceira mais provável, embora conte com um acordo de atacado com a AT&T (NYSE:T) e a T-Mobile em áreas onde não possui cobertura.
Após a divulgação da notícia, as ações da DISH subiram mais de 16% na sexta-feira, enquanto as ações das empresas de telecomunicações tiveram um dia difícil, com a Verizon caindo 3% e a T-Mobile recuando 5%.
O artigo também mencionou que a Amazon está negociando os preços de atacado mais baixos possíveis com um parceiro de rede.
Segundo o BofA (NYSE:BAC) Securities, em um cenário pessimista, a Amazon poderia lançar seu próprio produto de telefonia móvel, aproveitando um acordo de atacado com uma rede de alta qualidade e oferecendo um desconto significativo para os assinantes do Amazon Prime em comparação com as alternativas móveis existentes.
De acordo com o banco, a situação se assemelha ao dilema do prisioneiro, em que cada operadora teme que outra operadora possa fechar um acordo que prejudique a indústria. Embora as operadoras e a própria Amazon neguem as negociações, os analistas do HSBC mencionaram que é evidente o nervosismo em relação ao ambiente de preços e às perspectivas de crescimento do número de clientes.