(Reuters) - As contas de luz da distribuidora de energia Equatorial (SA:EQTL3) Alagoas poderão subir em média 12% a partir de maio, após reajuste tarifário extraordinário solicitado pela companhia à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e que entra agora em fase de avaliação pelo regulador.
A possibilidade de revisão das contas de luz no Alagoas estava prevista nas regras da privatização da concessionária, que pertencia à Eletrobras (SA:ELET3) e foi vendida em leilão realizado em dezembro de 2018.
O início das discussões sobre as novas tarifas foi bem recebido por analistas de mercado, uma vez que o pleito anterior da Equatorial para revisão tarifária de uma distribuidora da empresa no Piauí havia sido rejeitado pela Aneel em outubro do ano passado.
Na ocasião, a agência reguladora também havia rejeitado pedidos de revisão extraordinária para distribuidoras da Energisa (SA:ENGI4) em Rondônia e no Acre --as empresas, assim como a distribuidora do Piauí, também foram privatizadas pela Eletrobras ao longo de 2018.
"Nossa visão: positivo para a Equatorial. A proposta da Aneel reduz a percepção de risco sobre os termos contratuais para revisão de empresas privatizadas", escreveu a analista do Credit Suisse, Carolina Carneiro, em nota a clientes.
As ações da Equatorial ampliaram ganhos após a decisão da diretoria da Aneel de abrir consulta pública sobre a proposta de revisão das tarifas no Alagoas. Os papéis operavam em alta de 2,7% no início da tarde.
A discussão sobre a proposta para as tarifas receberá contribuições até 5 de março.
As regras estabelecidas para as privatizações de distribuidoras da Eletrobras nas regiões Norte e Nordeste previam que os novos controladores das empresas poderiam solicitar posteriormente revisões tarifárias extraordinárias, a serem analisadas pelo órgão regulador.
(Por Luciano Costa; reportagem adicional de Paula Laier)