📈 Pronto para levar os investimentos a sério em 2025? Dê o primeiro passo com 50% de desconto no InvestingPro.Garanta a oferta

Apartados do rali da Bolsa e do câmbio, juros ficam de lado, com viés de baixa

Publicado 21.10.2022, 15:06
Apartados do rali da Bolsa e do câmbio, juros ficam de lado, com viés de baixa

Os juros futuros fecharam com viés de baixa, após percorreram a sexta-feira em busca de alguma tendência, sem se afastar dos níveis da quinta-feira. No fechamento dos negócios, estavam nas mínimas da sessão e captando parcialmente o impacto positivo das declarações "dovish" de um dirigente do Federal Reserve sobre os demais ativos. A fala, no meio da tarde, pegou o mercado de juros já com a etapa regular encerrada, no momento de definição dos ajustes. No balanço da semana, a curva devolveu prêmios, com um pouco mais de força nos vértices intermediários e longos, configurando leve perda de inclinação.

A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2024 fechou em 12,83%, de 12,85% no ajuste de quinta-feira, e a do DI para janeiro de 2025 encerrou na mínima de 11,68%, de 11,70% na quinta. O DI para janeiro de 2027 terminou com taxa de 11,52% (mínima) de 11,55% na quinta-feira.

Durante o dia, apesar da queda generalizada do dólar e dos rendimentos dos Treasuries, e do apetite ao risco visto nas ações, a curva local resistiu à melhora externa calcada na expectativa de que o Federal Reserve possa desacelerar o ritmo de aperto monetário na última reunião do ano. Segundo o Wall Street Journal, dirigentes estão se inclinando deliberadamente à outra alta de 75 pontos-base nos juros, em sua reunião de 1º e 2 de novembro, e devem debater se e como sinalizam planos para aprovar uma alta menor em dezembro. Mas nos DIs a cautela com a área fiscal e com o cenário complexo no exterior estariam inibindo a montagem de posições mais consistentes, acentuada na reta final das eleições e às vésperas da decisão do Copom.

Por volta das 16 horas, o presidente do Fed de Chicago, Charles Evans, membro votante do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc) em 2023, disse prever desaceleração "significativa" da inflação nos Estados Unidos em 2023 e juros pouco acima de 4,5% no início do próximo ano. Afirmou ainda que "nossas projeções não apontam para recessão econômica". Foi a senha para o dólar renovar mínimas abaixo de R$ 5,15 e o Ibovespa avançar aos 120 mil pontos nas máximas. Houve um respingo no mercado de juros, mas essencialmente este é o ativo que tem resistido mais ao impacto da melhora das intenções de voto do presidente Jair Bolsonaro (PL) nas recentes pesquisas eleitorais.

O economista-chefe da Ativa Investimentos, Étore Sanchez, afirma que o DI de curto prazo tende a ficar travado pela expectativa de Selic estável nos próximos meses, enquanto a sensibilidade dos demais trechos está mais sobre os cenários fiscal e externo. "Os vencimentos a partir de 2024 olham para o risco fiscal e também são mais suscetíveis aos juros lá fora", afirma.

Nesse sentido, o alívio nos retornos dos Treasuries nesta sexta pode ter sido apenas um respiro e não uma tendência, diante da conjuntura repleta de incertezas. Na Europa, as perspectivas são sombrias, com crise energética no continente e política no Reino Unido, além da persistência da guerra na Ucrânia.

A próxima semana é de reta final das eleições, mas também de decisão do Copom. Há consenso em torno da Selic estável em 13,75% e o mercado vai buscar no comunicado sinais sobre o plano de voo do Banco Central. De maneira geral, a expectativa é de que seja mantido também o alerta sobre o risco de retomada da alta.

Últimos comentários

Instale nossos aplicativos
Divulgação de riscos: Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.
A versão em inglês deste acordo é a versão principal, a qual prevalece sempre que houver alguma discrepância entre a versão em inglês e a versão em português.
© 2007-2024 - Fusion Media Limited. Todos os direitos reservados.