Investing.com - Apesar de prever um resultado fraco para o curto prazo, o BTG Pactual (SA:BPAC11) manteve nesta segunda-feira (10) a recomendação de compra para os ativos da BB Seguridade (SA:BBSE3), com preço-alvo também inalterado em R$ 33,00. As informações constam de relatório enviado para clientes nesta segunda-feira.
Na visão dos analistas, 2018 deve chegar ao final com uma queda de 5% no lucro líquido por ação, com estimativa de alta de 9% em 2019, com ajuda de menos alíquota de CSLL. Antes dos impostos, os resultados devem ter avanço de 5%, o que é ainda melhor. No entanto, com a estimativa de crescimento maior no médio e no longo prazo para o segmento de seguros, é também um modelo de negócios com baixos riscos regulatório e pesadas barreiras a entradas, ou seja, exclusividade do BB (SA:BBAS3). A avaliação de 14xPE19 é pouco exigente, o que garante a manutenção da recomendação.
A equipe destaca que a BB Seguridade passa por um processo importante de transição estrutural na previdência, da realocação de “riqueza”, com contribuições únicas para clientes de alta renda, com portabilidade para a geração de “riqueza, com contribuições regulares de clientes de renda média a baixa.
Para o BTG, essa mudança cria uma oportunidade muito interessante no público-alvo, mas exige uma importante proposta de valor a fim de educar os clientes a adotar uma cultura de “poupança”. O novo ambiente também cria a necessidade de produtos mais sofisticados (não necessariamente apenas renda fixa).
Dessa forma, a visão dos analistas é que a BB Seguridade está se posicionando como um verdadeiro ecossistema de previdência, com o objetivo de proporcionar uma satisfação muito alta e manter sua liderança.
A BB Seguridade vê com estratégia a parceira com IRB Brasil (SA:IRBR3), o que faz com que não tenha a intenção de vender sua participação na companhia tão cedo. Os executivos do braço de seguridade do BB também destacaram o dividendo extraordinário de R $ 2,7 bilhões anunciado nesta semana, dos quais R $ 2,1 bilhões vem do desinvestimento da SH2 e o restante do excesso de caixa. Para o BTG, a alocação de capital e fortes probabilidades de não mais cortes na taxa Selic devem reverter ROE no modo de crescimento no próximo ano.