Investing.com - As ações da CVC Brasil (SA:CVCB3) operam com forte queda de 5,33% a R$ 41,06, liderando assim as perdas do Ibovespa no começo da manhã desta sexta-feira na B3. Os investidores receberam mal a prévia operacional divulgada na noite de ontem.
A operadora informou teve alta proforma de 5,7% nas reservas confirmadas no segundo trimestre sobre o mesmo período do ano passado. Segundo a companhia, apesar da desvalorização cambial de 16 por cento, da greve dos caminhoneiros e "impacto da Copa do Mundo", as reservas confirmadas somaram 3,09 bilhões de reais de abril a junho.
O segmento de lazer teve expansão de 4,5 por cento e o corporativo cresceu 3,8 por cento na mesma comparação. As vendas no conceito mesmas lojas tiveram expansão de 1,5 por cento no segundo trimestre sobre um ano antes.
JP Morgan
No começo do mês passado, analistas da JP Morgan cortaram a recomendação dos papéis da companhia de neutra para underweight, colocando preço-alvo em R$ 47 para dezembro de 2019.
Para o JP Morgan, os múltiplos atuais das ações já refletem expectativas de crescimento sólido e alta de margens, enquanto já têm prêmio em relação a pares internacionais.
"Além disso, o rápido surgimento de OTAs (agência de viagens online) no Brasil, assim como o (cenário) macro, começa a representar riscos mais altos para as previsões", destacaram os analistas do banco.
Para o JP Morgan, a CVC está se tornado mais agressiva comercialmente, aumentando o número de parcelas sem juros para até 12 vezes na maioria das vendas físicas, em um ambiente não muito positivo para as reservas.
Outro ponto citado foi a recente depreciação do real, que pode representar um forte obstáculo ao crescimento de pacotes internacionais, que foi o principal impulsionador de reservas de lazer, enquanto a previsão mais lenta de crescimento da economia poderia ser um obstáculo para o segmento corporativo.
Com Reuters.