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Apple traz ChatGPT e mais IA para dispositivos, sem impressionar Wall Street

Publicado 10.06.2024, 17:00
Atualizado 10.06.2024, 20:51
© Reuters. CEO da Apple, Tim Cook durante conferência em Cupertino, na Califórnia, EUAn10/6/2024 REUTERS/Carlos Barria
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Por Aditya Soni e Max A. Cherney

(Reuters) - A Apple (NASDAQ:AAPL) revelou uma estratégia de inteligência artificial amplamente aguardada nesta segunda-feira, integrando sua nova tecnologia "Apple Intelligence" ao seu conjunto de aplicativos, incluindo Siri, e trazendo o ChatGPT, da OpenAI, para os seus dispositivos.

Durante a apresentação de quase duas horas na conferência anual de desenvolvedores da Apple, executivos, incluindo o presidente-executivo, Tim Cook, elogiaram como a assistente de voz Siri será capaz de interagir com mensagens, emails, calendário e aplicativos de terceiros. A Siri poderá escrever emails e alterar o tom de voz de acordo com a ocasião.

Há muito conhecida por sua ênfase na segurança do usuário, a fabricante do iPhone também sinalizou que pretende se diferenciar dos rivais Microsoft (NASDAQ:MSFT) e Google colocando a privacidade "no centro" de seus recursos.

Mas Wall Street -- que buscava recursos de IA mais deslumbrantes e garantias de que isso colocaria a Apple em boa posição para competir com a líder de mercado, Microsoft, no campo de IA -- foi indiferente ao evento. As ações da Apple fecharam em queda de quase 2%.

Os papéis da Apple, que estão atrás das ações de outras grandes empresas de tecnologia este ano, subiram 13% no mês passado em meio aos preparativos para o evento.

"Não há nada aqui que impulsione a marca à frente de sua trajetória esperada de incrementalismo", disse Dipanjan Chatterjee, analista da Forrester.

"A Apple Intelligence irá de fato encantar seus usuários de maneiras pequenas, mas significativas, uma vez que coloca a Apple no mesmo nível, mas não acima, de seus concorrentes."

A abordagem da Apple contrasta com o foco empresarial de seus rivais. A empresa espera que as medidas convençam seus mais de 1 bilhão de usuários -- a maioria dos quais não são aficionados por tecnologia -- da necessidade desta tecnologia.

O executivo da Apple, Craig Federighi, chamou a Apple Intelligence de "IA para o resto de nós".

A Apple ainda depende excessivamente das vendas do iPhone e alguns analistas disseram que é improvável que qualquer impulso dos novos recursos de IA se materialize no curto prazo.

"Nesta corrida inicial, parece que a Alphabet (NASDAQ:GOOGL), e ainda mais a Microsoft, estão em melhor forma após os seus movimentos iniciais e graças aos seus ativos na nuvem", disse Paolo Pescatore, analista e fundador da PP Foresight.

Os recursos de IA anunciados na Conferência Mundial de Desenvolvedores da Apple (WWDC 2024) virão com o sistema operacional mais recente para seus dispositivos, que também foram apresentados no evento.

A Apple usa a conferência de desenvolvedores em sua sede em Cupertino, Califórnia, todos os anos para apresentar atualizações de seus próprios aplicativos e sistemas operacionais, bem como para mostrar aos desenvolvedores novas ferramentas que eles poderão usar em seus aplicativos.

RENOVAÇÃO DA SIRI

A versão renovada da Siri terá mais controle, ajudando a fazer o que havia se mostrado complicado no passado, já que a assistente precisava entender as intenções exatas do usuário e também como o aplicativo funciona.

A Siri também aproveitará a expertise do ChatGPT e solicitará a permissão dos usuários antes de consultar o serviço da OpenAI, como parte da parceria da Apple com a startup apoiada pela Microsoft, um recurso de privacidade que a Apple enfatizou.

Mas a união imediatamente gerou dúvidas sobre a privacidade.

O presidente-executivo da Tesla (NASDAQ:TSLA), Elon Musk, disse no X que vai proibir os dispositivos Apple em suas empresas se a fabricante do iPhone integrar a tecnologia da startup ao nível do sistema operacional.

A integração do ChatGPT estará disponível ainda este ano e outros recursos de IA seguirão, disse a Apple, acrescentando que o chatbot poderá ser acessado gratuitamente e que as informações dos usuários não serão registradas.

A Apple também disse que planeja adicionar tecnologia de outras empresas de IA em seus dispositivos, em meio a relatos de que estava discutindo uma possível parceria com o Google, parceiro de busca de longa data.

Para potencializar os recursos de IA, a Apple planeja usar uma combinação de processamento no dispositivo e computação em nuvem. Isso significa que os recursos de IA estarão disponíveis apenas nos iPhones mais recentes, começando pelo iPhone 15 Pro, assim como nos próximos modelos.

A empresa, que há muito se opõe ao processamento de dados de consumidores em nuvem devido a questões de privacidade, disse que sua abordagem oferecerá mais proteções à privacidade porque prevê usar chips próprios em data centers equipados com recursos de segurança.

Analistas afirmam que o uso de seus próprios chips também pode ajudar a Apple a evitar gastos com chips caros da Nvidia (NASDAQ:NVDA).

A Apple disse que o novo iOS 18, o software que alimenta seu principal dispositivo, tornará a tela inicial do iPhone mais personalizável.

© Reuters. CEO da Apple, Tim Cook durante conferência em Cupertino, na Califórnia, EUA
10/6/2024 REUTERS/Carlos Barria

O novo software virá com um recurso de "bloqueio de aplicativo" que ajudará as pessoas a proteger informações confidenciais. Os usuários podem optar por bloquear aplicativos específicos e manter os dados mais controlados no OS.

A empresa também está disponibilizando seus óculos de realidade mista Vision Pro em mais oito países, incluindo China e Japão. O novo software VisionOS 2 para o dispositivo utilizará aprendizado de máquina para criar fotos com profundidade natural e virá com novos gestos.

(Reportagem de Stephen Nellis, Max A. Cherney e Jeffrey Dastin em San Francisco, Aditya Soni, Pushkala A, Yuvraj Malik em Bengaluru)

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