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Arábia Saudita executa sete condenados por assaltar joalheria

Publicado 13.03.2013, 08:11

Cairo, 13 mar (EFE).- Um grupo de sete pessoas foi executado nesta quarta-feira na Arábia Saudita após ser condenado à morte por assaltar uma joalheria, informou à Agência Efe Rachid Mesli, diretor da ONG Al Karama.

Os réus foram mortos por volta das 8h local (2h de Brasília) na cidade de Abha, segundo Mesli. De acordo com informações recolhidas pela ONG, os condenados podem ter sido decapitados, como indicam algumas fotos feitas antes das execuções e divulgadas na imprensa local.

Por enquanto, não se sabe se algum deles foi crucificado após o justiçamento, apesar de algumas ONG's terem afirmado que existia a possibilidade do líder dos criminosos ser pendurado em um poste após sua morte.

Por meio de um comunicado, o Ministério do Interior saudita confirmou as execuções e lembrou que os condenados "formavam uma gangue que realizou vários crimes, como assaltos armados e roubos".

O ministério explicou que a sentença de morte serve de castigo exemplar para que ninguém mais repita esses delitos: "qualquer pessoa que planeja fazer o mesmo terá como destino o castigo da sharia" (lei islâmica).

Um dos sentenciados disse à Efe por telefone que o grupo seria executado hoje após a aplicação da pena ser suspensa no dia 5 de março diante da possibilidade do rei perdoar os criminosos.

O condenado, que pediu anonimato, negou ter participado de assaltos a joalherias, embora reconheceu ter cometido anteriormente delitos menores "por ignorância".

Além disso, denunciou que seu julgamento foi marcado por irregularidades, com audiências secretas e somente com a presença de juízes e militares.

O jovem também se queixou de ter sido submetido a torturas físicas e psicológicas para obter sua confissão, da mesma forma que seus companheiros.

Na semana passada, organizações internacionais como a Human Rights Watch (HRW) e a Anistia Internacional (AI) pediram ao rei saudita e ao ministro do Interior que interrompessem imediatamente as execuções.

Segundo a HRW, todos os sentenciados tinham entre 16 e 20 anos quando foram detidos, em 2006, por um crime cometido no ano anterior.

A organização acredita que existem provas de que o julgamento dos sete detidos violou os princípios básicos de um processo justo e lembrou que a Convenção dos Direitos das Crianças, que o reino saudita ratificou em 1996, proíbe a pena de morte por delitos cometidos antes dos 18 anos. EFE

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