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ArcelorMittal Brasil vai ampliar produção de aço para setor automotivo

Publicado 03.08.2018, 14:48
© Reuters. Usina da ArcelorMittal na Bélgica
USIM5
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Por Alberto Alergi Jr.

SÃO PAULO (Reuters) - A ArcelorMittal Brasil deve iniciar entre o final deste ano e o início 2019 as obras para instalar uma terceira linha de galvanização e outros equipamentos de laminação a frio em sua usina em Santa Catarina, projeto que vai consumir investimentos de 330 milhões de dólares, disse o presidente-executivo da empresa no país, Benjamin Baptista Filho.

O investimento vai ampliar em 700 mil toneladas a capacidade da usina em São Francisco do Sul, conhecida como ArcelorMittal Vega, e que além da indústria automotiva atende setores de eletrodomésticos e de construção civil. Os novos equipamentos devem entrar em operação em 2021 e vão elevar a capacidade da usina para 2,1 milhões de toneladas, afirmou o executivo.

A decisão da empresa ocorre enquanto a rival Usiminas (SA:USIM5) avalia instalar uma nova capacidade de galvanização na usina em Ipatinga (MG), uma vez que as atuais três linhas estão operando à plena capacidade. A ArcelorMittal tinha o projeto de expansão em Vega pendente desde 2014, quando supendeu o investimento em meio à crise econômica brasileira e à retração do mercado interno de veículos. Atualmente, 50 por cento da produção da usina é voltado ao mercado automotivo.

"Hoje temos mercado para vender os produtos de Vega acima da capacidade instalada. Deixamos de vender o que a gente podia", afirmou Baptista Filho à Reuters.

"Prevemos que indústria automotiva terá aumento substancial da taxa de utilização. Quando a crise chegou, as montadoras estavam praticamente operando só para atender o mercado brasileiro e argentino. A crise obrigou as montadoras a desenvolverem mercados alternativos", disse o executivo. "A exportação de veículos se diversificou fora e isso significa que as montadoras já estabeleceram canais de distribuição".

No primeiro semestre, a produção de veículos do Brasil cresceu 14 por cento sobre um ano antes, para 1,43 milhão de unidades, puxada por alta de 14,4 por cento nas vendas ao mercado interno e manutenção de exportações em patamar elevado.

Segundo Benjamin, os novos equipamentos vão dar maior flexibilidade para a Vega, uma vez que a nova linha de galvanização será do tipo "combinada", que permite a retirada de laminados a frio para recozimento em caixa, processo que torna o aço mais preparado para uso em veículos, e também a produção de galvanizados. As linhas atuais da usina não permitem essa flexibilidade.

O executivo afirmou ainda que a ampliação de Vega também deve dar mais rentabilidade para as operações do grupo no país, pois a empresa pretende reduzir exportações de bobinas a quente de sua usina no Espírito Santo, um produto que enfrenta forte concorrência de rivais asiáticos, para agregar valor ao material na usina de Santa Catarina.

© Reuters. Usina da ArcelorMittal na Bélgica

"Com (ampliação em) Vega, vamos tirar 600 mil toneladas de exportação de bobina a quente e vamos trazer produto nobre para o mercado doméstico, com margens melhores", disse Baptista Filho, acrescentando que atualmente a usina da empresa no Espírito Santo, ArcelorMittal Tubarão, exporta 1,4 milhão de toneladas de bobinas a quente.

(Por Alberto Alerigi Jr., edição de Aluísio Alves e Raquel Stenzel)

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