O Banco Central da República Argentina (BCRA) e o Banco Central da República Popular da China (PBOC) anunciaram nesta 4ª feira (12.jun.2024) a renovação da totalidade da parcela ativada do swap cambial de US$ 5 bilhões por um período de 12 meses, com a desativação total da parcela prevista para meados de 2026.
A medida visa a gestão dos fluxos da balança de pagamentos em momentos críticos para a economia da Argentina. Assim, a renovação do swap cambial será usada para evitar a necessidade de transferir à China cerca de US$ 2,9 bilhões no final de junho e mais US$ 2 bilhões ao país asiático e US$ 643 milhões ao FMI (Fundo Monetário Internacional) em julho para quitação das dívidas contraída durante o governo do ex-presidente Alberto Fernández, em 2023.
Em outubro, o Banco Central chinês disponibilizou US$ 6,5 bilhões à Argentina a partir da linha de swap cambial. A medida foi anunciada depois que Fernández se reuniu com Xi Jinping em Pequim. O país sul-americano usou o acordo para pagar, em novembro, parte da dívida de US$ 2,6 bilhões ao FMI.
O sucesso das negociações encerradas nesta 4ª feira (12.jun) foram fundamentais para os argentinos, que buscam cumprir seus pagamentos sem comprometer suas reservas, essenciais para a estabilidade econômica do país.
“Desta forma, a cooperação entre ambas as instituições monetárias, iniciada em 2009, foi renovada e os laços financeiros e econômicos entre os dois países foram reforçados”, disse o Banco Central da Argentina em comunicado.
SWAP CHINÊS
Em dezembro de 2023, Milei enviou carta a Xi Jinping, pedindo o apoio do presidente chinês para acelerar o processo de renovação do swap cambial em yuans entre os países. A iniciativa se deu depois que a China congelou o crédito de US$ 6,5 bilhões concedido à Argentina.
O acordo é importante porque auxilia o país sul-americano a pagar suas dívidas. Também é uma estratégia que os argentinos têm para aumentar sua reserva.