Argentina impulsiona alta de 44% no lucro do Mercado Livre no 1º tri

Publicado 07.05.2025, 17:06
Atualizado 07.05.2025, 21:25
© Reuters. Mercado Livre tem alta no lucro do 1º tri puxado por Argentina.nREUTERS/Agustin Marcarian

Por Andre Romani

SÃO PAULO (Reuters) - O Mercado Livre (NASDAQ:MELI) divulgou nesta quarta-feira um aumento de 44% no lucro líquido no primeiro trimestre em relação ao ano anterior, acima das estimativas dos analistas, com a recuperação das operações na Argentina.

A companhia, empresa mais valiosa da América Latina em valor de mercado, teve lucro líquido de US$494 milhões no trimestre encerrado em março, acima da média de previsões de analistas de US$420,9 milhões, compilada pela Lseg.

As ações da empresa subiam 9,1%, para cerca de US$2.468 no pregão estendido nos Estados Unidos.

O Mercado Livre afirmou no balanço que a Argentina foi o principal destaque do trimestre, com as vendas no país, medidas pelo conceito GMV de valor bruto, crescendo 126% em uma base cambial neutra, em comparação com um aumento de 40% no total da empresa.

O vice-presidente financeiro, Martin de los Santos, disse à Reuters que uma base de comparação mais fraca ajudou os números da Argentina na relação anual devido aos impactos iniciais da desvalorização do peso no final de 2023.

Inflação e taxas de juros mais baixas também impulsionaram o aumento das vendas e o apetite por crédito no país, acrescentou.

"Observamos melhorias em nossas plataformas (na Argentina) nos últimos trimestres e elas continuaram no primeiro trimestre", disse ele.

Os fortes números da Argentina colocaram o país de volta à segunda posição entre os maiores mercados da companhia em receita, disse de los Santos, ultrapassando o México e ficando atrás do Brasil, que tradicionalmente lidera o ranking. A Argentina havia perdido a posição no ano passado.

O Mercado Livre, que tem em seu marketplace e no banco digital Mercado Pago suas principais fontes de receita, teve faturamento de US$5,9 bilhões, um aumento de 37% em relação ao ano anterior, superando também a média de expectativas de analistas, de US$5,51 bilhões.

O Mercado Livre tem apresentado resultados consistentemente acima das estimativas de mercado nos últimos anos, em meio a fortes investimentos na América Latina, uma estratégia que também gera alguma preocupação dos investidores quanto à lucratividade a curto prazo.

O lucro antes de juros e impostos (Ebit) foi de US$763 milhões, acima dos US$617,4 milhões previstos por analistas e um aumento de 45% em relação ao ano anterior. A margem ficou em 12,9%, ante 12,2% registrados no ano anterior.

Analistas do BTG Pactual (BVMF:BPAC11) disseram que a alavancagem operacional e a maior eficiência estão compensando os investimentos no crescimento da carteira de crédito. Em nota a clientes, eles afirmaram que os resultados foram melhores do que o esperado, destacando a força do Ebit e do lucro líquido, além de um "desempenho forte" em crédito.

Na área de serviços financeiros, o Mercado Livre aumentou sua carteira de crédito em 75% em relação ao ano anterior, para US$7,8 bilhões, impulsionado principalmente por cartões de crédito. Em dezembro, o índice de inadimplência de 15 a 90 dias ficou em 8,2%, um aumento de 0,8 ponto percentual em relação ao trimestre anterior e uma queda em relação aos 9,3% do ano anterior.

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