Por Mohammed Mukhashaf
ÁDEN, Iêmen (Reuters) - O líder da milícia houthi, apoiada pelos iranianos, acusou a Arábia Saudita neste domingo de conspirar para invadir o Iêmen, num discurso inflamado sugerindo que ele não está disposto a fazer acordos, apesar de mais de três semanas de bombardeios liderados pelos sauditas.
O objetivo da Arábia Saudita é "a invasão deste país, sua ocupação e colocar este país novamente sob seus pés e hegemonia", disse Abdel-Malek al-Houthi.
"É o direito do nosso povo resistir à agressão e enfrentar o agressor, por qualquer meio", acrescentou.
A campanha aérea não tem, em grande parte, conseguido reverter os ganhos recentes de guerrilheiros houthis que lutam ao lado de aliados do Exército iemenita.
No entanto, num duro golpe para os houthis, um comandante iemenita de um vasto distrito militar, que cobre metade da fronteira do país com a Arábia Saudita, prometeu apoio neste domingo ao presidente exilado, Abd-Rabbu Mansour Hadi, informaram autoridades locais.
O anúncio coloca pelo menos 15 mil soldados do lado da Arábia Saudita, que abriga o presidente iemenita na capital, Riad.
A maioria dos militares do Iêmen é leal ao poderoso ex-presidente Ali Abdullah Saleh, cujas forças estão lutando ao lado da milícia xiita dos houthis em batalhas que se espalham pelo sul e leste do Iêmen.
(Reportagem adicional de Mohammed Ghobari)