São Paulo, 7 mai (EFE).- A taxa de desemprego no Brasil foi de 7,9% no primeiro trimestre de 2015, o maior nível nos últimos dois anos, informou nesta quinta-feira o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O índice entre janeiro e março foi 1,4% maior que no último trimestre do ano anterior e 0,8% superior ao registrado nos três primeiros meses de 2014. De acordo com o órgão, a quantidade de pessoas sem ocupação até o terceiro mês do ano foi de 7,93 milhões de pessoas, o que representa um aumento de 23% com relação ao trimestre precedente e 12,6 % superior frente aos três primeiros meses do ano anterior.
Esse quantitativo faz parte do da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, que leva em conta as recomendações da Organização Internacional do Trabalho (OIT) e inclui informação sobre o desemprego em todos os estados do país. Ele substitui a tradicional Pnad anual e a Pesquisa Mensal de Emprego (PME).
O Brasil vinha reduzindo os índices de desemprego a níveis mínimos, apesar da crise internacional, mas o mercado de trabalho começa a perder vigor devido a forte desaceleração da economia brasileira, que em 2014 cresceu apenas 0,1% e segundo as projeções oficiais se contrairá 1% em 2015. A aceleração do desemprego coincide com as medidas anunciadas pelo governo, que incluem o corte de despesas, o encarecimento do crédito e o aumento de impostos, entre eles os que incidem sobre as relações de empregados.