SILVERSTONE, Inglaterra (Reuters) - Além de uma piada sobre gostar de ver o grid invertido ser introduzido na Fórmula 1 imediatamente, o piloto da McLaren Jenson Button não teve neste sábado mais nenhum motivo para sorrir no treino classificatório para o Grande Prêmio do Reino Unido.
Classificado em 18o, com o companheiro de equipe espanhol e bicampeão Fernando Alonso em 17o, o britânico foi mais rápido que os dois carros da Manor Marussia, que essencialmente pilotam um modelo 2014 um pouco modificado.
A McLaren, a segunda equipe mais vitoriosa da história da categoria, passa por um pesadelo sem fim previsto.
Ela passa pelo seu pior começo de temporada de todos os tempos, com apenas quatro pontos em oito corridas e um carro com um ritmo muito ruim no primeiro ano da nova parceria com a Honda.
Na corrida anterior, na Áustria, os dois pilotos colecionaram punições de 25 lugares no grid - que tem apenas 20 carros no total - por causa de problemas de motor e caixa de câmbio. Nenhum deles terminou a prova no domingo.
A agonia de sábado em Silverstone ficou ainda maior quando o time colocou um dos pneus de Button no carro de Alonso - motivando outra piada do britânico que explicou o motivo do companheiro ter sido "tão rápido".
"Não foi o melhor momento da temporada", disse Button, diplomático, depois de mais uma vez ter sido eliminado na primeira fase do classificatório.
"Na frente dos seus torcedores, você sempre quer ter um grande fim de semana e eu acho que os fãs entendem a posição em que estamos nesta temporada."
"Esse fim de semana seria difícil, mas eu esperava mais", acrescentou o campeão de 2009, que nunca foi ao pódio em Silverstone, apesar de ter tentando 15 vezes.
O diretor da McLaren, Eric Boullier, disse que a equipe pressiona a Honda para melhorar o motor assim que possível porque os fracassos estão se acumulando.
"Eu falo para (chefe de esportes a motor da Honda Yasuhisa) Arai todos os dias que precisamos de sucessos assim que possível. (Digo) duas vezes por dia e três vezes por noite por causa do fuso horário", disse o francês. "A dor é real. Não podemos esconder."
"Pressionamos a Honda, eles pressionam a gente. Talvez a pressão esteja maior sobre eles até agora porque precisamos de um desempenho melhor do pacote do carro com o motor. Mais de 50 por cento e muito mais do que isso virá do motor." OLBRSPORT Reuters Brazil Online Report Sports News 20150704T190228+0000