Promoção de Cyber Monday: Até 60% de desconto no InvestingProGARANTA JÁ SUA OFERTA

Discussões de propina à Eletrobras ocorreram durante investigações, diz delator

Publicado 24.07.2015, 17:52
© Reuters.  Discussões de propina à Eletrobras ocorreram durante investigações, diz delator
PBR
-
ELET3
-

SÃO PAULO (Reuters) - O presidente da Camargo Corrêa, Dalton Avancini, disse em sua delação premiada no âmbito da Operação Lava Jato que empreiteiras, incluindo sua empresa e a Odebrecht, realizaram reuniões para discutir o pagamento de propinas a dirigentes da Eletrobras (SA:ELET3) em agosto de 2014, quando as investigações já estavam em andamento e eram públicas.

A revelação aparece em despacho divulgado nesta sexta-feira, em que o juiz Sérgio Moro pede a continuidade da prisão preventiva de executivos da Odebrecht, incluindo o presidente da empresa, Marcelo Bahia Odebrecht.

Moro disse, no despacho, considerar "perturbadora" a afirmação de que houve discussões referentes a propinas quando as investigações da Lava Jato já apareciam na imprensa e apontou que este seria "mais um indicativo da necessidade de prisão preventiva dos executivos envolvidos".

De acordo com o juiz, Dalton Avancini disse que as empreiteiras Camargo Correa, UTC Engenharia, Odebrecht, Andrade Gutierrez, Queiroz Galvão, Techin e EBE, "em cartel, teriam ajustado duas licitações em obras de Angra 3 e ainda teriam acertado o pagamento de propinas a empregados da Eletronuclear", que teriam colocado nas licitação cláusulas para restringir a concorrência e favorecer o grupo.

A Eletrobras afirmou que "já se manifestou sobre este tema em comunicados ao mercado".

A Queiroz Galvão disse que "nega veementemente qualquer pagamento a agentes públicos para obtenção de contratos ou vantagens" e que "todas suas atividades seguem rigorosamente a legislação vigente".

A UTC disse que não vai se pronunciar sobre o assunto.

A Odebrecht informou que "as defesas estão analisando a decisão e se pronunciarão oportunamente".

Procuradas, as demais empresas não puderam responder imediatamente.

Segundo Moro, as declarações de Avancini, que incluem também acusações de propina na hidrelétrica de Belo Monte, "ainda precisam ser melhor apuradas, mas têm plausibilidade considerando os fatos já provados nos contratos da Petrobras".

A Lava Jato levantou um dos maiores esquemas de corrupção no Brasil, envolvendo a Petrobras (SA:PETR4), empreiteiras e políticos.

Após a citação da Eletrobras durante as investigações, o escritório de advocacia Rosen Law Firm anunciou nesta semana que entrou com ação contra a estatal nos Estados Unidos, para reparar prejuízos a investidores que compraram ações da empresa no mercado americano entre fevereiro de 2014 e abril de 2015.

(Por Luciano Costa)

Últimos comentários

Instale nossos aplicativos
Divulgação de riscos: Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.
A versão em inglês deste acordo é a versão principal, a qual prevalece sempre que houver alguma discrepância entre a versão em inglês e a versão em português.
© 2007-2024 - Fusion Media Limited. Todos os direitos reservados.