FRANKFURT (Reuters) - Pilotos da companhia aérea alemã Lufthansa entraram em seu segundo dia de greve nesta quarta-feira, impedindo a decolagem de cerca de mil voos e afetando 140 mil passageiros, com o sindicato da categoria afirmando que mais greves virão se a administração não melhorar sua oferta em uma disputa sobre cortes de custos.
A Lufthansa tentou impedir a greve, a décima terceira em 18 meses, com uma injunção temporária. Mas na noite de terça-feira dois tribunais decidiram favoravelmente ao sindicato dos pilotos, o Vereinigung Cockpit.
"Se não houver uma nova oferta da Lufthansa convocaremos uma nova greve", disse à Reuters o porta-voz do sindicato Markus Wahl no aeroporto de Frankfurt.
Ele disse que greves podem ocorrer a qualquer momento, embora o sindicato vá dar um aviso com 24 horas de antecedência.
Os pilotos estão em greve sobre benefícios de aposentadoria, pagamentos e os planos da Lufthansa de expandir as operações de baixo custo. Eles querem que a Lufthansa interrompa a expansão da Eurowings, que tem uma licença de operação na Áustria, enquanto as negociações continuam.
A administração da Lufthansa afirma que precisa realizar cortes de custos para competir com rivais que oferecem serviços de baixo custo, como a Ryan Air, que estão mirando o mercado alemão.
(Por Victoria Bryan, Peter Maushagen e Georg Merzinger)