Por Nathaniel Taplin e Xiaoyi Shao
XANGAI/PEQUIM (Reuters) - A inflação anual ao consumidor na China acelerou para uma máxima de cinco meses, devido a alta dos preços dos alimentos, mas os preços ao produtor recuaram pelo 47º mês seguido com a queda dos mercados de commodities e com a demanda fraca somando pressão deflacionária na segunda maior economia do mundo.
O índice de preços ao consumidor subiu 1,8 por cento em janeiro em comparação ao ano anterior, ficando acima do aumento de 1,6 por cento em dezembro, mostraram dados da Agência Nacional de Estatísticas nesta quinta-feira.
Mas o pequeno aumento é devido sobretudo a alta sazonal de 4,1 por cento dos preços dos alimentos antes das longas celebrações do Ano Novo Lunar, e não significam nenhuma melhora visível na atividade econômica e na demanda mais ampla do consumidor, disseram analistas.
De fato, a inflação ao consumidor excluindo alimentos continuou inalterada, em 1,2 por cento em janeiro na base anual, apenas um pouco acima de dezembro.
Os dados dos preços mostraram mais sinais de tensão sobre as companhias chinesas, particularmente dos setores de mineração e processamento, com a demanda fraca e a competição agressiva forçando-as a cortar repetidamente seus preços de venda.
Já o índice de preços ao produtor caiu 5,3 por cento em janeiro sobre um ano antes, mais branda do que a queda de 5,9 por cento em dezembro.
Prolongados temores de deflação reforçaram a visão dos economistas de que o governo e o banco central vão ter que aplicar mais medidas de estímulos este ano para impulsionar a economia, que cresceu em 2015 a seu ritmo mais lento em 25 anos.