Por David Lawder
CHENGDU, China (Reuters) - Autoridades das finanças globais, reagindo aos crescentes movimentos anticomércio e pró-nacionalismo econômico por trás do voto britânico pela saída da União Europeia e da campanha de Donald Trump pela presidência dos Estados Unidos, estão intensificando as promessas de crescimento mais "inclusivo".
As algumas autoridades do G20 e analistas dizem que esse é um projeto de longo prazo.
Certamente, os benefícios desses esforços não devem ser vistos rapidamente o suficiente para influenciar eleitores norte-americanos na votação de novembro.
Tanto o candidato republicano, Trump, quanto a democrata Hillary Clinton declararam oposição à Parceria Trans-Pacífico (TPP, na sigla em inglês), acordo de livre-comércio envolvendo 12 países.
Após reunião de dois dias em Chengdu, na China, ministros das finanças do G20 e presidentes de bancos centrais proeminentemente prometeram perseguir políticas que promovam "inclusão" econômica e preservem um sistema de negociações abertas, fortalecendo significativamente comunicações anteriores sobre o tema.
"Os benefícios do crescimento precisam ser compartilhados de forma mais amplo dentro e entre países para promover inclusão", disseram autoridades do G20 em documento divulgado neste domingo.
"Sublinhamos o papel de políticas de livre comércio e um sistema de negociações globais forte e seguro em promover crescimento econômico global inclusive e faremos mais esforços para revitalizar o comércio global e elevar o investimento", disse o G20.
O comunicado contrasta fortemente com o discurso de Trump na convenção do Partido Republicano na semana passada, quando prometeu ser uma voz para norte-americanos que foram "ignorados, negligenciados e abandonados".