WASHINGTON (Reuters) - Um alto funcionário do Comitê Nacional Republicano minimizou neste domingo a perspectiva do partido cortar recursos e apoio logístico ao candidato à presidência dos Estados Unidos Donald Trump a fim de transferir fundos para as corridas ao Congresso.
Na semana passada, 70 republicanos escreveram uma carta ao comitê pedindo que parasse de ajudar Trump para dar foco aos candidatos do partido ao Senado e à Câmara dos Deputados. A carta, assinada por ex-parlamentares e ex-membros do comitê, disse que as ações de Trump eram "divisoras e perigosas" e representavam uma ameaça ao partido e ao país.
Mas o diretor de comunicações do comitê, Sean Spicer, afirmou em uma entrevista por telefone que abandonar Trump a quase três meses das eleições de 8 de novembro "não faz sentido lógico".
Spicer disse que desistir de Trump poderia ser prejudicial a outros candidatos republicanos e destacou que ainda há tempo para ele se recuperar nas pesquisas de opinião contra a democrata Hillary Clinton.
"Número um: você precisa de um forte cabeça de chapa. Isso é o número um. Número dois: estamos apenas seis pontos abaixo", disse Spicer, referindo-se ao espaço aberto por Hillary em relação a Trump em algumas pesquisas nacionais.
Hillary liderava sobre Trump em mais de cinco pontos percentuais em uma pesquisa da Reuters/Ipsos divulgada na sexta-feira.
Qualquer discussão sobre cortar fundos para Trump em agosto seria "ridícula", disse Spicer.
Trump tem polarizado o partido com sua promessa de construir um muro na fronteira dos EUA com o México e com seu plano de impor uma proibição temporária ao ingresso de muçulmanos que querem entrar no país.
(Por Alana Wise)