Investing.com - Os preços do petróleo foram negociados em uma nova baixa de duas semanas durante o pregão europeu nesta quinta-feira, somando-se às fortes perdas durante a madrugada, em meio a preocupações crescentes com um excesso de oferta mundial.
Na ICE Futures Exchange de Londres, o petróleo Brent com vencimento em novembro atingiu uma baixa da sessão de US$ 45,68 por barril, um nível não visto desde 2 de setembro. O petróleo foi negociado a US$ 45,88 por barril, às 04h50 ET (08h50 GMT), uma alta de 3 centavos, ou 0,07%.
Um dia antes, os futuros de Brent negociados em Londres caíram US$ 1,25, ou 2,65%. Os preços caíram quase 5% até agora nesta semana após a notícia de que a Líbia e a Nigéria devem aumentar a produção, uma vez que o fim de alguns conflitos nos países liberou o abastecimento.
Na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex), o petróleo dos EUA com vencimento em outubro caiu 10 centavos, ou 0,23%, e foi negociado a US$ 43,47 por barril, após ter atingido uma baixa intraday de US$ 43,32, o nível mais fraco desde 2 de setembro.
Na quarta-feira, os futuros de petróleo negociados em Nova York recuaram US$ 1,32, ou 2,94%, após dados terem mostrado um grande acúmulo de produtos petrolíferos norte-americanos.
De acordo com a Energy Information Administration dos EUA, os estoques de destilados incluindo diesel, aumentaram em 4.619 milhões de barris na semana passada, acima das expectativas para um aumento de 1,543 milhão de barris.
O salto foi o maior acúmulo semanal desde janeiro e coloca os estoques de destilados em altas sazonais de seis anos.
O relatório também mostrou que as {reservas de gasolina subiram 567.000 barris, decepcionando as expectativas para uma alta de 343.000 barris.
Quanto aos estoques de petróleo dos EUA, a EIA reportou uma queda de 559.000 barris, em comparação com as projeções para um ganho de 3,8 milhões de barris.
Enquanto isso, os traders de petróleo continuaram avaliando as perspectivas de que as principais nações produtoras de petróleo congelarão a produção para apoiar o mercado em uma reunião no final deste mês.
A Organização dos Países Exportadores de Petróleo, liderada pela Arábia Saudita e outros grandes exportadores do Oriente Médio, participará em uma reunião com os produtores não OPEP, liderados pela Rússia, nas negociações informais na Argélia, entre 26 e 28 de setembro.
As chances de que a próxima reunião renderia qualquer ação para reduzir o excesso mundial pareceram mínimas, de acordo com especialistas do mercado. Em vez disso, a maioria acredita que os produtores de petróleo continuarão monitorando o mercado e, possivelmente, adiarão as negociações para o congelamento até a reunião oficial da OPEP em Viena, em 30 de novembro.
Uma tentativa conjunta de congelar os níveis de produção no início deste ano falhou após a Arábia Saudita ter recuado em decorrência da recusa do Irã de participar da iniciativa, ressaltando a dificuldade dos rivais políticos em chegar a um consenso.