Investing.com - Os preços do petróleo saltaram rapidamente em pregão agitado nesta segunda-feira, após o ministro do petróleo iraquiano afirmar que está "otimista" com a formalização de um acordo de corte de produção na reunião derradeira da Opep, marcada para esta quarta-feira.
O petróleo bruto americano registrou alta de US$ 0,78, ou 1,78%, cotado a US$ 46,88 o barril, às 12h31, depois de atingir US$ 45,16 no início da manhã.
O referencial mundial para o Brent futuro marcou US$ 49,08, alta de US$ 0,81, ou 1,68%.
Os preços dispararam rapidamente depois que o ministro do petróleo iraquiano, Jabar Ali al-Luaibi, afirmou, hoje, que está "otimista" com a concretização de um acordo benéfico a todas as partes nesta semana por parte da Opep.
A Organização dos Países Exportadores de Petróleo está tentando fazer com que seus 14 Estados-membro, além da Rússia, que não faz parte da Opep, implementem cortes de produção coordenados que visem reduzir o excesso de oferta global que gerou uma desvalorização de 50% dos preços do petróleo em dois anos.
Em setembro, o grupo petroleiro chegou a um acordo sobre uma possível redução da produção de 32,5 milhões a 33 milhões de barris por dia.
O órgão tem reunião marcada para esta quarta-feira, em Viena, onde espera-se que o acordo seja finalizado.
No entanto, estabelecer um entendimento sobre um acordo de corte de produção se provou um assunto problemático, com alguns produtores relutantes com a medida.
No final de semana, o ministro do petróleo da Arábia Saudita, Khalid al-Falih, afirmou que os preços se estabilizarão em 2017 sem uma intervenção da Opep.
Os comentários levantaram dúvidas sobre se um acordo para o primeiro corte de produção mediado pela Opep em oito anos seria firmado.
Enquanto isso, os ministros do petróleo da Argélia e da Venezuela devem viajar a Moscou nesta segunda e terça-feira, antes da reunião-chave da quarta-feira, em uma tentativa de persuadir a Rússia a participar dos cortes em vez de meramente congelar a produção.
A maior parte dos analistas acredita que algum tipo de consenso será atingido, mas permanecem as dúvidas sobre se será o suficiente para ajudar o mercado.
"Um acordo para um grande corte de produção pode lançar os preços do petróleo perto da faixa dos US$ 60 antes do fim do ano, enquanto que não se firmar tal acordo pode fazer com que os preços retornem à casa de US$ 40 o barril", afirmaram analistas do Nordea.