Alicia García de Francisco.
Redação Central, 19 mai (EFE).- O tão aguardado casal formado por Penélope Cruz e Johnny Depp em "Piratas do Caribe - Navegando em Águas Misteriosas" não convence e deixa ainda um gosto azedo. Apesar da vontade dos dois atores, a falta de química é mais que evidente nesta quarta sequência quando mais que faltar, sobram elementos.
Piratas, batalhas, navios e tesouros. Até aí nada de novo em "Piratas do Caribe: Navegando em Águas Misteriosas" que chega no quarto filme de uma saga com bilheteira milionária e, que por sua vez, explora ao máximo a receita de sucesso.
Para justificar a continuação, com a saída de Keira Knightley e Orlando Bloom, a saga traz Penélope Cruz, Ian McShane, Sam Claflin e Astrid Berges-Frisbey.
Desta vez, o típico baú do tesouro recheado por joias foi substituído pela fonte da eterna juventude e surgiram deslumbrantes sereias, que oferecem o principal espetáculo visual de um filme bem produzido, apesar de rumores apontarem custos consideravelmente menores comparados com o antecessor ("Piratas do Caribe: No Fim do Mundo", que contou com um orçamento de US$ 300 milhões).
Mas apesar das brilhantes batalhas - se percebe o toque de Rob Marshall, responsável de títulos como "Nine" e "Chicago" - seu maior erro foi o que deveria ser seu ponto forte: o casal protagonista.
Penélope Cruz está bem em seu papel de pirata Angélica com histórias passadas com o mais temeroso que temível Jack Sparrow. E Johnny Depp continua na sua linha entre brincalhão e irônico em sua interpretação do pirata mais 'bilheteiro' do cinema.
Mas a dupla não funciona como casal e isso é algo difícil de se lidar em um filme.
Em todo caso, enquanto a bilheteria continuar respondendo ao seu histórico (os três primeiros filmes arrecadaram mais de US$ 2,6 bilhões no mundo todo), a sobrevivência da saga está mais que garantida
"Piratas do Caribe: Navegando em Águas Misteriosas" estreia na sexta-feira em mundo todo. EFE