SÃO PETESBURGO (Reuters) - A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) se movimentou nesta segunda-feira para colocar um teto na produção da Nigéria, além de ter cobrado de diversos membros um maior cumprimento de cortes de produção acertados em um pacto para tentar reduzir elevados estoques e sustentar os preços.
A Opep fechou acordo com diversos países não produtores liderados pela Rússia para um corte combinado de 1,8 milhão de barris por dia (bpd) na oferta entre janeiro de 2017 e março de 2018.
Líbia e Nigéria, que são membros do cartel, ficaram isentos dos cortes para ajudar suas economias a se reerguerem após anos de conflitos.
Mas uma crescente produção nos EUA compensou o impacto dos cortes, assim como a maior oferta de Nigéria e Líbia.
Um grupo ministerial da Opep e dos países não membros que monitoram o pacto global disse que ficou acertado que a Nigéria se juntará ao acordo com um teto ou mesmo com cortes em sua produção assim que esta se estabilizar em torno de 1,8 milhão de bpd, ante 1,7 milhão recentemente.
O grupo de monitoramento, conhecido com JMMC, que se reúne em São Petesburgo, na Rússia, não deu um prazo para isso acontecer, mas disse que vai acompanhar os padrões de produção da Nigéria nas próximas semanas.
O ministro de Energia saudita, Khalid al-Falih, disse ainda que um menor cumprimento dos cortes no pacto da Opep por alguns países e uma alta nas exportações do grupo levaram a uma queda nos preços do petróleo.
"Alguns países continuam em falta (com o acordo), o que é uma preocupação que nós devemos ter", disse ele.
(Por Dmitry Zhdannikov)