PEQUIM/XANGAI (Reuters) - A Volkswagen AG e suas joint ventures chinesas FAW-Volkswagen e SAIC Volkswagen farão recall de 4,86 milhões de veículos na China devido a potenciais defeitos nos air bags fornecidos pela japonesa Takata, em um golpe para a montadora alemã no maior mercado automotivo do mundo.
O movimento acontece depois que o órgão regulador chinês pediu que a Volkswagen, a General Motors (NYSE:GM) e a Mercedes-Benz, da Daimler AG (DE:DAIGn), fizessem o recall de modelos com air bags da Takata.
Estimativas de autoridades chinesas mostram que mais de 20 milhões de carros na China estão equipados com air bags produzidos pela Takata, que foram relacionados com pelo menos 16 mortes e 180 feridos em todo o mundo. Os air bags podem explodir com muita força, lançando estilhaços dentro dos veículos.
O defeito levou ao maior recall na história da indústria automotiva e pode causar a falência da fabricante japonesa.
A Volkswagen disse à Reuters em uma declaração por email nesta quinta-feira que, após as discussões, as autoridades chinesas concluíram que a falha pode ocorrer em casos raros quando o air bag é acionado, "o que pode criar um risco potencial à segurança".
A montadora disse que não recebeu nenhum relatório relacionado à falha que afeta seus veículos mundialmente, e que uma análise de peças verificou que os infladores de air bag - a causa suspeita do defeito - estavam em "condições normais".
A Administração Geral de Supervisão de Qualidade, Inspeção e Quarentena chinesa anunciou que a VW China fará o recall de 103,573 veículos, a FAW-Volkswagen de 2,35 milhões e a SAIC Volkswagen de 2,4 milhões. O regulador disse que a ação acontecerá de março de 2018 até 2019.
Por Adam Jourdan)