Investing.com - Na última sexta-feira, preços do petróleo registraram ganhos na semana, no mês e no trimestre, impulsionados pelo otimismo de que o mercado de petróleo estaria bem em sua trajetória de reequilíbrio.
Contratos Futuros do petróleo West Texas Intermediate (WTI), dos EUA, avançaram US$ 0,11, ou cerca de 0,2% e eram negociados a US$ 51,67 o barril no fechamento do pregão. Na quinta-feira, chegaram a US$ 52,86, seu menor nível desde 19 de abril.
Na semana, os preços do WTI ganharam em torno de 2% e marcaram seu quarto aumento semanal seguido. Encerraram setembro com aumento em torno de 9,5% e tiveram aumento no trimestre de cerca de 12%.
Além disso, o petróleo Brent, referência para preços do petróleo fora dos EUA, recuou US$ 0,37, ou cerca de 0,7%, para US$ 56,79 o barril. O contrato atingiu seu maior nível em mais de dois meses no início da semana.
A referência global encerrou a semana com ganhos de 1,2%, seu quinto ganho semanal seguido. Os futuros do Brent registraram quase 10% de ganhos em setembro e encerraram o trimestre em alta de 19%.
Os preços tiveram ganhos de mais de 20% a partir das mínimas de junho, já que dados mostraram forte conformidade entre grandes produtores em relação ao acordo de cortes no abastecimento e diversas agências de energia sugeriram que a demanda global estaria crescendo.
Em maio, membros da OPEP e externos à organização com liderança da Rússia chegaram a um acordo para estender os cortes na produção de 1,8 milhão de barris por dia por um período de novo meses até março de 2018 em uma aposta para reduzir os estoques globais de petróleo e sustentar os preços.
Os receios crescentes sobre as consequências possíveis do referendo de independência da região do Curdistão, rica em petróleo, do Iraque deram mais sustentação aos preços.
A maioria esmagadora dos eleitores curdos votaram a favor da independência do Iraque no início da semana passada. O resultado do referendo pode desencadear uma resposta hostil do governo central do Iraque, bem como de países vizinhos como Turquia e Irã, e atrapalhar o fluxo de mais de 500.000 barris por dia do petróleo explorado pelos curdos que é levado a um porto na Turquia.
Os ganhos dos preços do petróleo neste mês também foram sustentados por expectativas de demanda renovada das refinarias norte-americanas que retomavam suas operações após interrupções causadas pelo furacão Harvey.
Além disso, contratos futuros de gasolina recuaram US$ 0,023, ou 1,5%, e encerraram a sexta-feira em US$ 1,591. Na semana, fecharam em baixa de cerca de 3,7%, mas ainda encerraram o trimestre em alta de cerca de 14%.
O óleo de aquecimento recuou US$ 0,014, ou 0,8%, para US$ 1,810 o galão, encerrando a semana em queda de cerca de 0,3%
Contratos futuros de gás natural recuaram US$ 0,01, ou 0,3%, para US$ 3,007 por milhão de unidades térmicas britânicas. Tiveram ganhos na semana de quase 1,6%.
Na semana a seguir, participantes do mercado prestarão atenção nas mais recentes informações semanais sobre os estoques norte-americanos de petróleo bruto e produtos refinados na terça e na quarta-feira para avaliar o impacto que as tempestades recentes tiveram na oferta e na demanda.
Antes da semana que está por vir, a Investing.com compilou uma lista com estes e outros eventos significativos que podem afetar os mercados.
Terça-feira, 3 de outubro
O Instituto Americano de Petróleo, grupo do setor petrolífero, deve publicar seu relatório semanal sobre a oferta de petróleo nos EUA.
Quarta-feira, 4 de outubro
A Administração de Informações de Energia dos EUA deve divulgar seus dados semanais sobre estoques de petróleo e de gasolina
Quinta-feira, 5 de outubro
O governo norte-americano deve divulgar relatório semanal da oferta de gás natural em estoque.
Sexta-feira, 6 de outubro
A Baker Hughes divulgará seus dados semanais sobre a contagem de sondas de petróleo nos EUA.