Por Joseph Ax
NOVA YORK (Reuters) - Três mulheres apresentaram um processo de assédio sexual nesta sexta-feira contra o ex-âncora da rede de TV CBS News Charlie Rose, acusando o proeminente jornalista de tocá-las de forma inapropriada e fazer comentários ofensivos.
O processo em tribunal do Estado de Nova York aparenta ser o primeiro contra Rose alegando condutas sexuais inapropriadas desde que ele foi demitido da rede no ano passado após uma reportagem do Washington Post de que ele havia assediado oito mulheres. A CBS News também é citada como ré.
Rose, um co-apresentador do programa “This Morning”, da CBS, e um correspondente para o emblemático programa dominical de notícias “60 Minutes”, está entre diversos homens na política, negócios e na indústria do entretenimento a terem suas carreiras destruídas após acusações de abusos sexuais, impulsionando o movimento #MeToo nas redes sociais nos últimos meses.
Além da CBS, a PBS e a Bloomberg, que haviam transmitido o programa “Charlie Rose”, cortaram relações com o jornalista de 76 anos.
O processo foi apresentado um dia após o Washington Post publicar uma reportagem investigativa que relatava que mais 27 mulheres, incluindo 14 funcionárias da CBS News, haviam acusado Rose de assédio. O jornal também relatou que diretores da CBS foram alertados sobre a conduta de Rose ao menos três vezes durante um período de 30 anos.
Em resposta ao Post, a CBS News informou em comunicado que havia trabalhado para fortalecer proteções para funcionários após o escândalo envolvendo Rose, mas que não poderia “corroborar ou confirmar muitas das situações descritas” na reportagem.
Rose não pôde ser imediatamente contatado. Ele chamou a reportagem do Washington Post de “injusta e imprecisa”, de acordo com o jornal.