Arena do Pavini - A 17ª rodada da pesquisa da corretora XP Investimentos, feita pelo Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas (Ipesp) de 10 a 12 de setembro, mostrou um aumento das intenções de voto e uma queda da rejeição de Jair Bolsonaro, do PSL, após o atentado a faca em Juiz de Fora. Os dados mostram também forte queda de Marina Silva, da Rede, que estaria praticamente fora da disputa. E a estagnação de Geraldo Alckmin, do PSDB, que também vai se distanciando dos lideres e do segundo turno.
O levantamento mostra que 59% dos 2.000 eleitores entrevistados por telefone estão interessados na eleição e surpreendentes 99% ficaram sabendo do atentado contra com Jair Bolsonaro, candidato do PSL à Presidência. A forte repercussão do evento levou também 24% dos entrevistados a dizer que o ataque a faca contra o candidato aumentou a vontade de votar nele. Nesta semana, 40% disseram acreditar que Bolsonaro será vitorioso.
Aumenta voto espontâneo em Bolsonaro
Segundo a pesquisa, a intenção de voto espontânea (aquela em que o entrevistador pergunta em quem o entrevistado votaria, para que ele fale de memória) em Bolsonaro subiu de 16% para 20%. Nos cenários em que uma lista de candidatos foi apresentada, o candidato do PSL sobe de 23% para 26% e de 20% para 23% quando o candidato do PT, Fernando Haddad, aparece apoiado pelo ex-presidente Lula. A taxa de rejeição de Bolsonaro, que aumentou por sete semanas consecutivas, caiu de mais de 60% para 57%, provavelmente por conta do atentado.
Nas simulações da segundo turno, porém, ele perde para Geraldo Alckmin, do PSDB, e Marina Silva, da Rede, mas a diferença caiu de 4 pontos percentuais para 1 ponto em ambos os casos, indicando um empate técnico. Enquanto ele ainda bate Fernando Haddad, do PT, por 40% a 38%, a distância agora diminuiu de 3 para 2 pontos percentuais, também um empate.
Haddad recebe 25% dos votos de Lula
Segundo a XP, os eleitores parecem ter percebido que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva não poderá concorrer e, com isso, sua intenção de voto espontânea caiu de 18% para 9%, enquanto a de Haddad subiu para 5%. O candidato agora oficial do PT recebe 25% dos eleitores espontâneos de Lula no cenário com uma lista, um número que aumenta para 48% quando ele é identificado como apoiado por Lula.
Indicação de Lula faz Haddad chegar a 16%
Haddad também subiu em todos os cenários da primeira e segunda rodada, passando de 8% para 10% das intenções estimuladas. Já quando ele é apresentado como candidato apoiado por Lula, Haddad sobe de 14% para 16% e fica em segundo lugar, atrás de Bolsonaro, com 23% das intenções.
Ciro avança, mas empate técnico com Alckmin continua
Ciro avançou um ponto percentual em todos os cenários da primeira rodada, passando de 11% para 12% na pesquisa estimulada e de 10% para 11% quando Haddad é apresentado como candidato de Lula. Já Alckmin permanece estável, em 9%, no cenário estimulado e sobe de 8% para 9% no cenário de Lula apoiando Haddad. Marina caiu em ambos os cenários, de 11% para 8% na pesquisa estimulada e de 8% para 6% quando Haddad recebe o apoio de Lula.
Por Arena do Pavini