CAIRO (Reuters) - Um juiz egípcio emitiu uma ordem impedindo um ex-candidato presidencial de viajar ao exterior por suspeitas de que ele pode ter ligações com um caso alegando financiamento estrangeiro para prejudicar segurança nacional, relatou neste sábado a agência de notícias estatal Mena.
Khaled Ali, um proeminente advogado que concorreu na eleição presidencial de 2012, não era anteriormente parte do caso, no qual diversas organizações não governamentais são acusadas de receber financiamento estrangeiro.
Ali, que negou qualquer envolvimento, disse à Reuters neste sábado que “não foi convocado para interrogatórios neste caso em qualquer momento durante este período”.
Ali ficou em sétimo na primeira eleição presidencial livre do Egito, em 2012, vencida por Mohamed Mursi.
No ano passado, ele anunciou sua intenção de desafiar o presidente Abdel Fattah al-Sisi em sua candidatura a um segundo mandato. Ele posteriormente desistiu da corrida, dizendo que condições não permitiam uma disputa justa.
O caso, que afetou uma série de pessoas, incluindo Hossam Bahgat, fundador da Iniciativa Egípcia para Direitos Pessoais, e Gamal Eid, fundador da Rede Árabe para Informação de Direitos Humanos, remonta ao final de 2011.
O governo há tempos acusa grupos de direitos humanos de usarem financiamentos estrangeiros para gerar agitações e diversos grupos enfrentam investigações.
(Reportagem de Mohamed Abdellah e Ahmed Tolba)