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Assaltos à mão armada saem de moda nos bancos dos Estados Unidos

Publicado 24.02.2013, 10:34

Raquel Godos.

Washington, 24 fev (EFE).- Roubar bancos de arma em punho já não é comum nos Estados Unidos - pelo menos, não tanto desde que o crime eletrônico se mostrou menos perigoso e mais rentável.

Segundo dados revelados recentemente pelo FBI, em 2012 foi registrada a maior queda de criminalidade no número de assaltos por ano a agências bancárias: de 5 mil roubos em 2011 o número caiu para 3.870 no ano passado.

A imprensa e as autoridades judiciais divulgam várias vezes casos de criminalidade virtual, nos quais piratas informáticos quebram os sistemas de segurança cibernética dos bancos eletrônicos e topam com centenas de milhares de dados dos clientes.

Na semana passada, o principal promotor de Manhattan, Preet Bharara, liderou uma campanha de conscientização sobre o aumento desse tipo de ameaça, depois que a Justiça americana acusou três cidadãos estrangeiros de estar envolvidos na criação e distribuição de um vírus informático que infectou mais de 40 mil computadores no país.

O vírus, conhecido como Gozi, levou ao roubo de vários milhões de dólares nos EUA. O número exato não foi especificado pela promotoria, embora a princípio, segundo informaram, tenha sido criado para atuar na Europa.

Os criadores do Gozi - um russo, um letão e um romeno - começaram a operar nos EUA com o vírus em 2010, mas não foram interceptados até que decidiram atacar "uma grande instituição financeira com sede em Manhattan", especificam os papéis judiciais.

Assim, tanto analistas bancários como membros do FBI atribuem a queda dos assaltos às agências como uma consequência do aumento dos "ciber roubos".

"O número de transações eletrônicas é cada vez maior, assim cada vez mais informações eletrônicas correm risco e as quantias de dinheiro que podem estar eletronicamente comprometidas são muito maiores (do que as de um roubo tradicional)", explicou à Agência Efe o vice-presidente de controle de risco da Associação de Banqueiros Americanos (ABA, em inglês), Doug Johnson.

Os "cibercrimes" e os roubos online deixam já muito distante a época dourada dos grandes assaltantes americanos como John Dillinger, que foi inspiração para filmes como "Inimigos Públicos" (2009), passado nos anos 1930, para dar lugar a outros como "Firewall - Segurança em Risco" (2006), em que Harrison Ford, analista de informática, se vê forçado a participar de um grande roubo cibernético.

Tanto é que, segundo os dados apresentados pelo FBI, o número de assaltos bancários se reduziu quase à metade na última década, registrando 5,1 roubos para cada 100 bancos americanos em 2011.

No entanto, desde 2001 as denúncias de crimes na internet se multiplicaram por cinco, chegando a 314 mil em 2011 e a ABA estimou uma fraude no valor de US$ 1,8 bilhão em cheques e cartões de débito em 2010.

O FBI diz que em 2012 os assaltantes de bancos roubaram US$ 29,5 milhões, enquanto em 1997 saquearam US$ 107 milhões.

Os números mostram um ameaça inegável que para as autoridades federais não passa despercebida, por isso no final do ano passado o FBI iniciou a Iniciativa Cibernética Próxima Geração (Next-Generation Secure Computing), cujo objetivo é melhorar sua capacidade de reduzir esses crimes.

Richard McFeely, subdiretor executivo da divisão de crime eletrônico explica na página da instituição que uma de suas maiores prioridades é "determinar quem está do outro lado da tela para perpetrar estes atos".

"Obviamente estamos preocupados com que os terroristas utilizem internet para fazer esse tipo de ataque (...) Como a principal agência de inteligência nacional dentro dos EUA, nosso trabalho é nos assegurar que as empresas e os segredos da nação não caiam em mãos inimigas", insistiu.

"É importante que todo o mundo entenda que se você tem um equipamento aberto ao exterior, que se conecta à internet, o equipamento em algum momento vai ficar exposto a um ataque", disse o agente do FBI.

Nas palavras do vice-presidente da ABA, "sempre se pode fazer mais", mas Johnson confirma que há uma estreita colaboração entre as agências do governo e as instituições financeiras para poder lutar contra esses ataques da maneira mais efetiva.

E vão ficando para trás os românticos tempos de Bonnie e Clyde, e os assaltos, que antes eram assunto de máxima prioridade para os policiais federais, ficaram a cargo das polícias locais. EFE

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