WASHINGTON (Reuters) - A atividade empresarial nos Estados Unidos saltou para uma máxima em 20 meses em outubro, mas o ritmo de crescimento de novos negócios e novos pedidos diminuiu ligeiramente, em meio à persistente pandemia de Covid-19 e à cautela antes da eleição presidencial norte-americana de 3 de novembro.
A empresa de dados IHS Markit informou nesta sexta-feira que seu índice PMI Composto, que acompanha os setores de manufatura e serviços, subiu para uma leitura de 55,5 neste mês. Esse foi seu maior nível desde fevereiro de 2019 e representa alta em relação aos 54,3 registrados em setembro. Uma leitura acima de 50 indica crescimento na produção do setor privado.
Apesar da recuperação relatada na atividade empresarial, os economistas estão prevendo um crescimento econômico mais lento no quarto trimestre, após o que se acredita ter sido um desempenho recorde no terceiro trimestre, graças a um pacote de resgate de mais de 3 trilhões de dólares aprovado no início deste ano para empresas e desempregados.
Mas o estímulo fiscal acabou e novos casos de Covid-19 estão aumentando em todo o país, o que poderia levar a restrições impostas por governos estaduais e locais ou a mais pessoas evitando estabelecimentos como restaurantes e bares --o que minaria os gastos do consumidor.
O índice composto da pesquisa para novos pedidos caiu para 54,3 neste mês, segundo dado preliminar, de leitura de 54,8 em setembro.
Ainda assim, a confiança entre as empresas está melhorando continuamente.
O PMI preliminar do setor de serviços subiu para 56 neste mês, máxima em 20 meses, contra 54,6 em setembro.
Economistas ouvidos pela Reuters previam número de 54,6 neste mês para o setor de serviços, que responde por mais de dois terços da atividade econômica dos EUA.
A medida de novos negócios no setor de serviços caiu para 54,3, de uma leitura de 55,0 em setembro.
A atividade no setor manufatureiro manteve o ritmo de crescimento neste mês. O PMI preliminar para o setor foi a 53,3, de 53,2 em setembro. Economistas projetavam leitura para o segmento, que representa 11,3% da economia, subindo para 53,4 em outubro. Uma medida de novos pedidos recebidos pelas fábricas aumentou para 54,2, de 53,6 em setembro.
(Por Lucia Mutikani)