Por John Miller
ZURIQUE (Reuters) - Ativistas do clima que tentam pressionar bancos suíços a pararem de financiar a indústria de combustíveis fósseis interditaram as entradas do Credit Suisse, em Zurique, e do UBS, na Basileia, nesta segunda-feira, até a polícia intervir e prender alguns manifestantes.
A ação, iniciada por grupos que pedem a desobediência civil para chamar atenção às atividades que aceleram a mudança climática, interrompeu o serviço de bondes e atraiu olhares para a Praça do Desfile de Zurique e para a Bahnhofstrasse, rua que concentra lojas de luxo.
A polícia observou os manifestantes, que tiveram a oportunidade de sair por conta própria, durante mais de uma hora antes de agir, usando serras e cortadores de metal para retirar ativistas que se acorrentaram juntos ou às estruturas.
"A Suíça não tem minas de carvão ou poços de petróleo, mas estas atividades são financiadas daqui", disse Frida Kohlmann, porta-voz do Collective Climate Justice, grupo que ajudou a organizar o protesto, à Reuters antes das prisões.
"Os bancos têm uma boa imagem aqui, e sob essa imagem imaculada estão financiando negócios sujos em todo o mundo".
Ondas de calor e incêndios florestais, além de a Organização das Nações Unidas (ONU) exortando ações para deter o aumento das temperaturas, incitaram ativistas da Europa e de outras partes a correrem o risco de serem presos neste ano participando de protestos para persuadir governos e empresas a fazer mais para reduzir o uso de combustíveis fósseis.
A polícia de Zurique disse no Twitter que prendeu cerca de duas dúzias de manifestantes antes do meio-dia, e que mais deles devem ser retirados das entradas dos bancos.
Muitos manifestantes vestiam roupas brancas e usavam máscaras, e alguns portavam cartazes com frases como "Detenham o Carvão" e bradavam frases como "Bancos Fósseis – grandes demais para continuar" e "Estamos lutando por seus filhos".