Investing.com - Na tarde desta quarta-feira (05), as ações da Azul (SA:AZUL4) operam com valorização de 0,53%, a R$ 32,31, após a superintendêcia-geral do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovar, sem restrições, a criação de uma joint-venture entre a companhia aérea e a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT), para o transporte de carga. As informações constam de despacho publicado no Diário Oficial da União (DOU).
O órgão de defesa da concorrência avaliou que a operação não aumenta a probabilidade de fechamento do mercado de transporte aéreo de cargas devido à reduzida participação de mercado da Azul no segmento e à baixa representatividade da demanda da ECT e da Azul no transporte aéreo de cargas em geral, além de outros aspectos.
Em dezembro do ano passado, os Correios e a Azul firmaram um memorando de entendimento para criar uma empresa privada de solução de logística voltada para o transporte de produtos comercializados pela internet.
Pelo documento, a nova empresa terá a participação acionária de 50,01% da Azul e 49,99% dos Correios, com estimativa de início das operações para março do ano quem. A nova empresa ainda não tem nome.
Na época, Guilherme Campos, presidente da estatal, explicou que a criação da empresa seguia os requisitos da Lei das Estatais, que em seu artigo 20 diz que as parcerias podem ser constituídas entre empresas públicas e privadas. Segundo ele, a nova empresa atende a todos os requisitos da legislação.
De acordo com a Azul e os Correios, a nova empresa deve movimentar aproximadamente 100 mil toneladas de cargas por ano. A estimativa é que, com a parceira, a estatal tenha aproximadamente entre 35% e 40% do gasto de transporte de carga, hoje em R$ 560 milhões por ano.